Sardinha

16/06/2020 1 min Temporada 1 Episodio 7

Sinopse do Episódio

É só Junho chegar, e os portugueses estão todos bem animados. É época das festas dos Santos. Começando por Santo Antonio de Lisboa. As ruas do centro se enchem de cores e enfeites, e é hora de comer Sardinha assada. O cheiro da iguaria na brasa inunda as ladeiras e sacadas da capital.
O Covid cancelou os festejos e as marchinhas, mas a Sardinha sobreviveu. E onde tiver uma brasinha, tem uma sardinha assando.
Tanto quanto o bacalhau, a Sardinha é considerada outro símbolo português, só mas irreverente, mais colorido, mas festeiro. Está em tudo, nos cardápios, no fados, na arte, nas toalhas de mesa.
Para se ter ideia de como os portugueses gostam de sardinha, em 1456, o alimento só podia ser pescado aos domingos e em dias santos. Mas o costume é ainda mais antigo, acredita-se que quando Portugal ainda era território Feníncio, a sardinha já era apreciada, seguindo pelo Império Romano, onde a salgavam e levavam do mundo ibérico para Africa, Itália e Galícia.   No período muçulmano, bem a Sul do Tejo, a pesca de sardinhas era feita em grande abundância também.
Hoje, com menos esforço, encontra-se em qualquer mercado, o tempero ideal é simples, sal grosso apenas. Aqui em casa, o chef é profundo apreciador, e vira e mexe elas estão na brasa.
Um passeio imperdível quando em Lisboa, é a loja o Fantástico Mundo das Sardinhas, no Rossio. Parece um circo, e o lúdico faz viajar na cultura lusitana.  As latas estão numeradas de 1917 a 2017. E a brincadeira é encontrar o seu ano de nascimento. Todas são conservas deliciosas.
Terminando o assunto e honrando à tradição, assim nomeamos nosso filho patudo Português, Sardinha. Um jack Russel fofíssimo. Vai lá meu instagram para ver as fotinhas dele.

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