Ouvir "Água Fria"
Sinopse do Episódio
Surfista tropical tem medo de água fria.
Fato.
Nasci em Natal, na Maternidade Januário Cicco e em Natal cresci. Natalense da gema, meu primeiro pé na areia foi em Ponta Negra, e todos, digo TODOS, os meus verões, até a vida adulta, foram no eixo Buzius-Pirangi. Da época que nem a Rota do Sol existia, a estrada ainda era de barro, e tinha uma paradinha estratégica na curva de Pirangi do Sul para comer um pastel de camarão. O veraneio sempre foi minha época favorita do ano, ganhava até para o Papai Noel.
Assim sendo, apesar de minha vida de viajante ter começado na adolescência, nunca viajei para tempos de verão no local de destino. Aproveitava as saídas para conhecer algo completamente incomum ao nosso habitat: o frio. Viajar era sinônimo de usar casacos e ver fumacinha saindo pela boca. Todo nordestino que se preza, faz viagem de inverno, até pq praia, por praia, a nossa é a melhor. No meu conceito, Verão sempre teve sol quente, areia quente e água morna.
Ou melhor, tinha. Até semana passada. Quando tomei coragem, surfista que sou, e encarei o mar de Cascais. Lindo, de filme. Rochoso, água turquesa transparente… e fria. Não teve roupa de borracha que desse jeito. Água fria da muléstia. Aliás, fria não, CONGELADA. Eu, surfista de marola de Black Point, não estava preparada praquilo. O primeiro tombo da prancha foi um misto de pavor, desespero, frio e paralisia. Não sei como consegui sentir tudo isso em 3 segundos, porque foi esse o tempo que fiquei dentro da água. Meu marido e companheiro de remadas relata que eu parecia um gato escaldado com os olhos arregalados. A praia inteira me olhou. Todos tinha certeza que estava sendo atacada por uma orca, mas foi só um caldo. Enfim. Meu batizado.
Todos os dias acordo e penso, hoje vai ser mais quentinho… não. Talvez, em julho. Pq estamos em final de maio, e segue frio. Mas cada dia me dói menos, aquela velha estória de que a gente sempre se acostuma com tudo, é só insistir. Pois tem sido assim meu princípio de verão ibérico. Todo dia (quase) vou lá e insisto mais um pouquinho, acostumou mais um pouquinho com o frio e começo a gostar da praia. Até me contento, pelo menos é o mar. Mas, jamais, jamais chegará aos pés do cantinho mágico de Ponta Negra, jamais.
Fato.
Nasci em Natal, na Maternidade Januário Cicco e em Natal cresci. Natalense da gema, meu primeiro pé na areia foi em Ponta Negra, e todos, digo TODOS, os meus verões, até a vida adulta, foram no eixo Buzius-Pirangi. Da época que nem a Rota do Sol existia, a estrada ainda era de barro, e tinha uma paradinha estratégica na curva de Pirangi do Sul para comer um pastel de camarão. O veraneio sempre foi minha época favorita do ano, ganhava até para o Papai Noel.
Assim sendo, apesar de minha vida de viajante ter começado na adolescência, nunca viajei para tempos de verão no local de destino. Aproveitava as saídas para conhecer algo completamente incomum ao nosso habitat: o frio. Viajar era sinônimo de usar casacos e ver fumacinha saindo pela boca. Todo nordestino que se preza, faz viagem de inverno, até pq praia, por praia, a nossa é a melhor. No meu conceito, Verão sempre teve sol quente, areia quente e água morna.
Ou melhor, tinha. Até semana passada. Quando tomei coragem, surfista que sou, e encarei o mar de Cascais. Lindo, de filme. Rochoso, água turquesa transparente… e fria. Não teve roupa de borracha que desse jeito. Água fria da muléstia. Aliás, fria não, CONGELADA. Eu, surfista de marola de Black Point, não estava preparada praquilo. O primeiro tombo da prancha foi um misto de pavor, desespero, frio e paralisia. Não sei como consegui sentir tudo isso em 3 segundos, porque foi esse o tempo que fiquei dentro da água. Meu marido e companheiro de remadas relata que eu parecia um gato escaldado com os olhos arregalados. A praia inteira me olhou. Todos tinha certeza que estava sendo atacada por uma orca, mas foi só um caldo. Enfim. Meu batizado.
Todos os dias acordo e penso, hoje vai ser mais quentinho… não. Talvez, em julho. Pq estamos em final de maio, e segue frio. Mas cada dia me dói menos, aquela velha estória de que a gente sempre se acostuma com tudo, é só insistir. Pois tem sido assim meu princípio de verão ibérico. Todo dia (quase) vou lá e insisto mais um pouquinho, acostumou mais um pouquinho com o frio e começo a gostar da praia. Até me contento, pelo menos é o mar. Mas, jamais, jamais chegará aos pés do cantinho mágico de Ponta Negra, jamais.
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