Unificação Alemã e Italiana

21/03/2020 9 min Temporada 1 Episodio 2

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Sinopse do Episódio

Unificação Italiana
A Península Itálica foi, até por volta de 1870, uma região onde não existia centralização política, ou seja, era dividida entre uma série de Estados autônomos, sendo o mais industrializado e, portanto, o que contava com uma burguesia mais robusta, a região conhecida como Piemonte-Sardenha. A burguesia dessa região entendia que uma centralização e unificação política entre os reinos italianos garantia uma melhor condições para os seus negócios, uma vez que seria possível obter, dentro do mesmo Estado, mercado consumidor e matéria prima que sustentaria a industrialização.
Nesse sentido, nomes como o do revolucionário Garibaldi tiveram importante papel na consolidação da formação do Estado-nacional italiano, que se concretiza em 1871.
Importante lembrar que a forma como se deu a unificação levou a uma espécie de divisão dentro da Itália, uma vez que o norte se consolidou como a região industrializada e o sul a região agrária.
Outro fato importante a ser lembrado é o estranhamento que esse processo político causou na Igreja Católica. Desde o fim do Império Romano a Igreja contava com um arcabouço administrativo e político centralizado que conferia um certo domínio na região. Com a unificação, a Igreja passou a ser uma instituição dentro de um país soberano, o que levou a uma série de problemas que seriam resolvidos apenas em 1929 com a assinatura do Tratado de Latrão entre o Papa e o governo fascista italiano.
Unificação Alemã
Até 1871, a região onde hoje se localiza a Alemanha era composta por uma série e reinos e Estados independentes. O mais próximo da unificação que a região chegou foi a formação de uma união comercial chamada Zollverein (união aduaneira) que visava facilitar as trocas comerciais na região. Nesse sentido, a burguesia da Prússia, região mais industrializada, entendia que uma unificação política completa garantiria uma melhor condição para o avanço de seus negócios, já que todos os reinos e Estados estariam subjugados ao mesmo Estado nacional.
O problema para os Prussianos, liderados por Bismark, era que a unificação significava anexar territórios da Áustria e da França, o que levou a Guerra Franco-Prussiana, quando os alemães venceram a França, anexaram um território rico em carvão (Alsácia-Lorena) e consolidaram a unificação.
Cabe destacar que o processo político e econômico alemão resultou em um caso de desenvolvimento capitalista tardio bem sucedido, conhecido como via prussiana. Rapidamente a indústria alemã passou a rivalizar com os países capitalistas centrais, em particular Inglaterra e França. Tal disputa intercapitalista resultou no fenômeno conhecido como Imperialismo,que resulta no neocolonialismo e, posteriormente na I Guerra Mundial.