devocional Cantares




O casamento deve ser uma dança despreocupada onde se deseja que o amor impere sem parar. O bailado dá-se a cada dia e não apenas em ocasiões especiais. Não há hora marcada para amar; ou melhor, todos os minutos são adequados para exprimir cuidado e afecto. Aquilo que mais deve animar-nos é ver o outro voar e encontrar formas descontraídas de se exprimir. E quando surgir a pergunta inocente, mas plena de sentido, sobre as razões para tal abertura de espírito, é abrir o coração de par em par e partilhar a admiração que mora no nosso peito por ver a pessoa amada realizada. A beleza da conjugalidade está precisamente nesse companheirismo altruísta. Notória também na forma como a atracção física das primeiras décadas dá lugar a uma sexualidade amadurecida, onde a delicadeza e o bom gosto permanecem altamente apurados. Sim, com o decorrer dos anos é suposto que a cumplicidade se aprofunde e seja recorrente a expressão: “Como és bela e encantadora, meu amor! Tu és as minhas delícias.” A vida a dois é para ser celebrada com exuberância. Aproveite-se, pois, cada etapa desta aventura emocionante. Não prescindamos de beijos e abraços, de toques e piscares de olhos, de sorrisos travessos e interacções alegres. Façamos da caminhada matrimonial uma valsa romântica em que nos vamos entregando por inteiro ao nosso par de eleição: “Eu sou do meu amado e é a mim que ele deseja.” Toca a passear de noite ou de “manhãzinha” no meio de “vinhas” ou “romãzeiras em flor”, com o simples intuito de festejar e partilhar a beleza, os cheiros e os detalhes da vida. E é nestes actos simples, mas suculentos de generosidade, que o amor acontece e os corações se embalam.
- jónatas figueiredo







Leitura em Cantares 7



Que este encontro com Deus encha o teu coração de paz e esperança. Fica o tempo que precisares para ouvir, anotar e orar, e levanta-te só quando o teu interior descansar.

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