Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica ANO XVI • Número 186 • Março de 2023

Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica ANO XVI • Número 186 • Março de 2023

Empresa de Pesquisa Energética

03/04/2023 2:24PM

Sinopse do Episódio "Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica ANO XVI • Número 186 • Março de 2023"

O consumo nacional de energia elétrica foi de 42,9 TWh em fevereiro de 2023, crescimento de 2,2% em comparação com o mesmo mês de 2022. A classe residencial puxou a alta, seguida pelas classes comercial e industrial. No acumulado em 12 meses o consumo nacional registrou 509,9 TWh, alta de 1,5% em comparação ao período imediatamente anterior. A classe industrial expandiu em 1,5% seu consumo de eletricidade em fevereiro, chegando ao valor de 14,5 TWh. A região Nordeste (+15,3%) liderou, seguida por Norte (+12,0%) e Centro-Oeste (+4,2%), enquanto o Sul (-6,5%) e o Sudeste (-0,7%) retraíram. Metalurgia foi o setor que mais expandiu, puxado pela cadeia do alumínio primário no Maranhão, especialmente e no Pará. Seguido por extração de minerais metálicos, onde a alta nas exportações de minério de ferro e minério de alumínio contribuiu para o resultado. Também elevaram o consumo a fabricação de produtos alimentícios e de produtos de borracha e material plástico. Por outro lado, apresentaram as maiores quedas: produtos minerais não-metálicos, em linha com a redução nas vendas de cimento; papel e celulose e produtos químicos, com queda do consumo principalmente em unidades de cloro-soda e PVC. O consumo de energia elétrica das residências foi de 13,7 TWh em fevereiro, avanço de 5,0% em relação ao mesmo mês de 2022. O consumo foi puxado, em maior parte, por altas temperaturas no país. Outro fator, que pode ter contribuído foi a queda do desemprego e o aumento da renda da população no período. Além disso, as tarifas de energia elétrica estão sem cobrança adicional. Já em fevereiro de 2022 as tarifas eram mais caras, pois a bandeira tarifária era a de escassez hídrica. Todas as regiões registraram crescimento do consumo, sendo que o maior destaque foi a região Sul (+10,9%), seguida pelo Nordeste (+7,9%), Norte (+4,1%), Sudeste (+2,3%) e Centro-Oeste (+1,8%). Entre as Unidades da Federação, os maiores acréscimos ocorreram no Amapá, Maranhão, Rio Grande do Sul, Paraíba, Santa Catarina, Espírito Santo, Alagoas, Pará, Tocantins e Acre. Programas de redução de perdas aplicados pelas distribuidoras de alguns Estados continuam contribuindo de forma positiva para o consumo. Por outro lado, anotaram queda no consumo: Rio de Janeiro, Amazonas, Roraima e Mato Grosso do Sul. Em fevereiro de 2023, o consumo de eletricidade da classe comercial apresentou crescimento de 2,3%, chegando a 8,2 TWh de consumo. Temperaturas mais elevadas favorecem a elevação do consumo da classe. O efeito base baixa também influenciou no aumento do consumo, pois em fevereiro de 2022 houve o pico da variante Ômicron da Covid-19 no Brasil. Com exceção do Centro-Oeste (-0,4%), todas as outras regiões anotaram expansão do consumo da classe: Sul e Norte (+4,5%, ambas), Nordeste (+2,1%) e Sudeste (+1,8%). Entre os Estados, os maiores destaques na expansão no consumo no mês foram: Paraíba, Santa Catarina, Tocantins, Rondônia e Espírito Santo. Já Maranhão, Goiás, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Amapá foram os que registraram quedas no consumo. A reclassificação de consumidores feita pela distribuidora local do Maranhão continua contribuindo para a retração do consumo no Estado. Quanto ao ambiente de contratação, o mercado livre apresentou crescimento de 3,5% no consumo do mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica cresceu 1,4%. Confira a Resenha no site da EPE para mais informações

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