Rodrigo Lopes | Café com Política

24/10/2025 24 min Temporada 144 Episodio 279
Rodrigo Lopes | Café com Política

Ouvir "Rodrigo Lopes | Café com Política"

Sinopse do Episódio


O deputado estadual Rodrigo Lopes (União) afirmou, em entrevista ao Café com Política exibido nesta sexta-feira (24/10) no canal de O TEMPO no Youtube, que uma eventual indicação do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao Supremo Tribunal Federal (STF) seria “um gesto de reconhecimento e gratidão” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar avaliou que a escolha de Pacheco seria bem recebida por diversos setores políticos. “Olhando pela trajetória, eu acredito que por merecimento a indicação ao STF seria um reconhecimento por tudo que ele fez, se viabilizou e se indispôs. (Pacheco) entrou numa linha de conflito com a extrema direita para garantir Orçamento assim que o presidente Lula foi eleito. Eu acredito que por gratidão, e sabendo que é um desejo profissional do senador, eu acredito que esse seja o caminho e eu acredito que ele será o indicado", analisouPara o deputado, caso o senador não seja nomeado ao STF, pode haver dúvidas sobre sua disposição em concorrer ao governo de Minas em 2026.  “Estando no lugar do Lula, eu também gostaria de ter o Rodrigo candidato ao governo do estado, até para fortalecer esse palanque. No entanto, a pergunta é: se o senador Rodrigo Pacheco não for ao Supremo, ele terá disposição de disputar o governo de Minas? Não conversei com ele sobre isso, mas é uma questão que talvez possa ficar um cisma. Por questão de gratidão, deveria ser ele (Pacheco) o nome escolhido, como eu acredito que será, até pela articulação que está sendo feita pelo senador Davi Alcolumbre, presidente hoje do Congresso Nacional. O governo Lula precisa encontrar os caminhos”, afirmou o deputado, que também mencionou o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PDT), como um nome viável para disputar o governo de Minas pela centro-esquerda. “A Gleisi esteve (com ele). A política vai e volta. Se a gente for avaliar em termos de perfil, se efetivamente o Cleitinho vier candidato ao governo, talvez o perfil Kalil seja o ideal para enfrentá-lo, Kalil poderia ficar bem posicionado nessa situação, porque já foi prefeito de Belo Horizonte, já teve uma experiência no Executivo. O governo (Lula) com certeza vai construir uma alternativa de centro-esquerda para poder representá-lo", avaliou o deputado, que é da base de Zema na ALMG. Apesar da relação com o Palácio Tiradentes, o parlamentar, que também é aliado de Pacheco, garantiu ser independente. “Eu tenho um posicionamento pessoal hoje de apoio ao senador Rodrigo Pacheco. É uma relação de amizade. Nesse momento eu, pessoalmente, tenho um compromisso com o senador Rodrigo Pacheco, que, inclusive, o professor Mateus tem conhecimento. Isso não interfere na minha atuação enquanto base, mas eu sou muito claro nos meus posicionamentos. Eu tenho um compromisso pessoal com o senador Rodrigo Pacheco, caso ele venha a ser candidato ao governo do estado. Eu tenho algumas posições pessoais que eu não negocio", pontuou o deputado disse ainda que, caso Pacheco não concorra ao governo, tende a apoiar o vice-governador Mateus Simões (Novo).“Nesse caso, a minha tendência é caminhar com o Mateus. É óbvio que a gente tem que sentar. Mas eu tenho uma simpatia pela condição técnica dele. Então, é um nome que teria a minha simpatia, sim, para estar caminhando na eventualidade do Rodrigo não vir candidato ao governo”, completou. Relator de uma série de projetos relacionados ao Propag, o deputado defendeu a federalização do Hospital Regional de Divinópolis e do Hospital Risoleta Neves, em Belo Horizonte. Segundo ele, a medida pode garantir mais recursos e melhorar o atendimento à população.  “Eu acredito que vai ser um ganho para a população em termos de melhorar ainda mais a estruturação do Hospital Risoleta Neves, que tem uma importância principalmente para a região metropolitana, o vetor norte", argumentou. Sobre o Hospital Regional de Divinópolis, Lopes reforçou: “Se o hospital for de fato federalizado, for ser gerido por uma universidade federal, é a mesma visão que eu tenho do Risoleta Neves. Eu acredito que possa aperfeiçoar o atendimento, viabilizar ter de fato uma ação que possa estar trazendo benefício para a população", analisou. Durante a entrevista, o deputado também falou sobre a inclusão do prédio da Emater na lista de imóveis que podem ser repassados à iniciativa privada por meio do programa Propag. "É um prédio muito simbólico, mas há hoje uma simpatia por parte do Tribunal de Justiça por ter aquela possibilidade de adquirir esse imóvel. O imóvel tem um valor relevante, mas, agora, é uma decisão de governo que tem que ser tratada, respeitando com certeza a história de cada órgão, a história de cada instituição. Mas que acima de tudo tem uma decisão de governo a ser tratada, que é a dívida do Estado, que é uma responsabilidade de todos nós e que a gente precisa construir os caminhos para isso". O parlamentar avaliou ainda que a  Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira a obrigatoriedade de consulta popular para a privatização da Copasa será um dos principais testes políticos para a base de apoio de Zema na Assembleia.