Ouvir "Ricardo Campos | Café com Política"
Sinopse do Episódio
O deputado estadual Ricardo Campos (PT) afirmou, em entrevista ao Café com Política, exibido nesta quarta-feira (22/10), que a relação entre o governo de Minas e a Assembleia Legislativa tem sido marcada por distanciamento e falta de diálogo. Segundo ele, o contato com o secretário de Governo, Marcelo Aro, é “frio” e limitado, em razão de interesses eleitorais voltados para 2026. “É uma relação fria, institucional. Acredito que, com a entrada do novo secretário, ele tem tocado para si as demandas de governo, talvez, pensando no arcabouço político do ano que vem, o que tem prejudicado muito o estado e, mais ainda, essa relação com a Assembleia”, avaliou. Campos afirmou ainda que o Executivo mineiro vem tratando a interlocução política como ferramenta eleitoral e não como instrumento de gestão. “Os secretários anteriores tinham um trato muito direto com a Assembleia e muito respeitoso, mas não tinham um cumprimento efetivo por parte do governo. O atual secretário, a quem respeito muito e entendo o que ele tem se posicionado, tem feito o contrário: tem tido uma relação mais fria com a Assembleia, mais cordial, e não tem dado o tratamento dos encaminhamentos combinados", criticou. Presidente da Comissão de Participação Popular da ALMG, Ricardo Campos denunciou que o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), teve execução mínima pelo Executivo estadual. "Nós temos um histórico de que, nos dois primeiros anos desta legislatura, o estado conseguiu cumprir com 99% da efetividade dos programas e ações propostos pela sociedade no todo. Mas, infelizmente, neste ano, em função, sabe-se lá, de qual priorização que o governo tem dado por parte da Secretaria de Estado de Governo, nós não executamos nem 5% do orçamento proposto para o PPA", afirmou. Durante a entrevista, o deputado criticou a proposta do governo de retirar o plebiscito sobre a privatização da Copasa. Ele defendeu que a população tem direito constitucional de decidir sobre o destino de empresas públicas. “O plebiscito para a venda de eventual estatal é uma questão constitucional. Não tem que ser colocada em jogo em função de uma relação de negociação de dívida. É uma vontade que o governo tem, independente de uma adesão ao Propag. E aí, com certeza, principalmente eu tenho colocado muito: fere o regimento interno da Assembleia, a própria casa aprovar a não garantia do cidadão mineiro de poder dar o aval se eventual empresa continua ou não como estatal mineira, como estatal do estado.”, pontuou o parlamentar. Questionado sobre a dívida de Minas Gerais com a União, Campos destacou que a prorrogação de prazos concedida pelo Governo Federal no âmbito do Programa de Pleno Acordo Federativo (Propag) oferece ao estado a chance de renegociar o passivo sem precisar vender empresas públicas. “O Governo Lula prorrogando esses prazos deu a condição que Minas Gerais possa aderir ao Propag, garantindo a redução de imediato de 20% do valor da dívida.. A prorrogação de prazo também permite a ampliação dos estudos por parte do BNDES, e ampliação também do debate na Assembleia com a sociedade mineira. Já está provado: 90% da população mineira não quer privatizar as nossas estatais, o nosso patrimônio", afirmou. Sobre as eleições de 2026, o petista afirmou que o PT vai definir até novembro o cronograma de decisões estratégicas para as eleições do próximo ano em Minas Gerais. Segundo ele, a prioridade máxima da sigla é garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o partido também busca construir uma aliança sólida no estado. “A intenção é que nós possamos até o mês de novembro ter o desenho do palanque do presidente Lula definido em Minas Gerais", declarou.O parlamentar comentou também as especulações sobre uma possível ida do senador Rodrigo Pacheco (PSD), para o Supremo Tribunal Federal (STF). Para Campos, o PT trabalha com todos os cenários. “O plano A e o plano B do PT é garantir a reeleição do presidente Lula. O senador Rodrigo Pacheco tem se mostrado um grande estadista, uma grande liderança política, ele é preferencialmente o nosso nome para o governo de Minas Gerais. O presidente Lula tem a certeza de que, caso tenha uma outra opção para o senador Rodrigo Pacheco, como essa questão do STF, o PT não deixará o presidente Lula sem palanque em Minas Gerais". O deputado disse que o partido trabalha ainda para ocupar espaços estratégicos na chapa majoritária de 2026. "“A intenção do partido, e eu falo em função de que nós iremos reunir em breve para definir uma tática eleitoral, é com certeza participar da composição da chapa, seja com a vice, seja com o Senado, para poder garantir a eleição do Rodrigo Pacheco e do presidente Lula”, afirmou.Campos comparou a gestão petista à atual administração estadual e disse que Zema se beneficia de conquistas obtidas durante o governo Pimentel. ““Em tese, é mal compreendido mesmo, porque não gerou estrago algum. Pelo contrário, através do governo do PT, com o presidente Lula, com a presidenta Dilma, Minas Gerais teve os maiores avanços", completou.
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