Ouvir "Como se conta uma boa história? João Tordo"
Sinopse do Episódio
Ler um livro é das coisas que mais prazer me dá.
Acontece convosco o mesmo?
Quando entramos num livro passamos a habitar num mundo novo.
Um mundo construindo entre as palavras do escritor e a nossa imaginação.
Esta edição roda à volta das palavras.
As escritas em livros. As escritas para serem ditas por atores no teatro, filme ou série.
E por isso hoje em um dia muito especial.
O convidado desta edição é um dos mais conhecidos e premiados escritores portugueses de nova geração.
João Tordo, autor de 19 livros, entre romances, ensaios e policiais.
E co-argumentista da série Rabo de Peixe.
João Tordo é um confesso leitor compulsivo.
E um documentado autor prolixo.
Escreve em abundância e qualidade.
E por isso não fiquei surpreendido quando me disse que a folha em branco não lhe causa nenhuma angústia.
É um escritor matinal e um leitor noctívago.
E deu para falar de tudo.
Da maneira como escreveu Rabo de Peixe.
Como se preparou. Como juntou ideias com os outros co-autores e como desenhou a uma das mais animadas cenas da série: o assalto à cabana de 'Uncle' Joe por Arruda. Um embate entre Pepe Rapazote e Albano Jerónimo.
Uma oportunidade para falar de livros e de personagens que amiúde contrariam o autor. Das conversas com os leitores com pedidos para escrever mais sobre algum personagem.
E o autor faz-lhes a vontade, continuando a saga dos personagens mais queridos.
No caso de Rabo de Peixe vem aí a segunda temporada e João Tordo pode continuar a escrever para o reviver da história.
Já agora sabiam que ao se escrever uma série como Rabo de Peixe há mesmo uma “Sala de Escritores”?
Isso mesmo, a sala onde os argumentistas trocam as ideias mais loucas e radicais, desenham as cenas e escrevem as falas dos actores.
Escrever não deve ser um exercício sem efeitos secundários.
E este alívio ao entregar o manuscrito para publicação dá uma dimensão desse misto de dor e de alívio.
Mas se o leitor e escritor João Tordo aceita essa compulsão das palavras só podemos seguir a torrente e ler o que escreve.
Dos seus viciantes policiais até aos ensaios que nos colocam perante o espelho da condição humana.
É essa condição, humana e insular, que espero ver no Rabo de Peixe, segunda temporada.
Entretanto, entretenho-me a ler o seu livro “Felicidade”. Uma história de um amor que mete trigémeas.
Preciso de dizer mais alguma coisa?
TÓPICOS
[00:00:00] . Sobre livros e a escrita da série Rabo de Peixe nos Açores.
[00:06:44] Plataformas pagavam impostos nos EUA, ICA favorecia cinema português.
[00:11:08] Cinema português precisa de mais apoio financeiro.
[00:18:42] Tripulante escapa da prisão e história morre.
[00:21:49] Arruda, antagonista de Eduardo, personagem interessante.
[00:27:05] Obsessão pelos livros desde criança, desvio para outras áreas, volta à escrita ficcional.
[00:35:54] Recentemente, comecei a gostar das minhas palavras.
[00:40:52] Lendo diversos livros diferentes e interessantes.
[00:46:03] Traçar fronteiras e limites é difícil. Crescimento pessoal requer enfrentar conflitos e amadurecer. Aceitar o sofrimento transforma em aceitação.
[00:53:39] Personagem contraria-se e altera os planos. Criatividade nasce da incompatibilidade com a realidade. Infância marcada por turbulência familiar.
[00:59:46] Mãe lê os meus livros e somos próximos. Troco viagens por almoços em família. Títulos de livros são difíceis de escolher. Ajuda colaborativa é importante.
[01:02:38] Escrever é como usar sapatos apertados.
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO
TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA
Jorge Correia [00:00:00]:
♪ Ora vivam, bem-vindos ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Ler um livro é das coisas que mais prazer me dá. Acontece o mesmo convosco? Quando entramos num livro passamos a habitar num mundo novo. Um mundo construído entre as palavras do escritor e a nossa própria imaginação.
Acontece convosco o mesmo?
Quando entramos num livro passamos a habitar num mundo novo.
Um mundo construindo entre as palavras do escritor e a nossa imaginação.
Esta edição roda à volta das palavras.
As escritas em livros. As escritas para serem ditas por atores no teatro, filme ou série.
E por isso hoje em um dia muito especial.
O convidado desta edição é um dos mais conhecidos e premiados escritores portugueses de nova geração.
João Tordo, autor de 19 livros, entre romances, ensaios e policiais.
E co-argumentista da série Rabo de Peixe.
João Tordo é um confesso leitor compulsivo.
E um documentado autor prolixo.
Escreve em abundância e qualidade.
E por isso não fiquei surpreendido quando me disse que a folha em branco não lhe causa nenhuma angústia.
É um escritor matinal e um leitor noctívago.
E deu para falar de tudo.
Da maneira como escreveu Rabo de Peixe.
Como se preparou. Como juntou ideias com os outros co-autores e como desenhou a uma das mais animadas cenas da série: o assalto à cabana de 'Uncle' Joe por Arruda. Um embate entre Pepe Rapazote e Albano Jerónimo.
Uma oportunidade para falar de livros e de personagens que amiúde contrariam o autor. Das conversas com os leitores com pedidos para escrever mais sobre algum personagem.
E o autor faz-lhes a vontade, continuando a saga dos personagens mais queridos.
No caso de Rabo de Peixe vem aí a segunda temporada e João Tordo pode continuar a escrever para o reviver da história.
Já agora sabiam que ao se escrever uma série como Rabo de Peixe há mesmo uma “Sala de Escritores”?
Isso mesmo, a sala onde os argumentistas trocam as ideias mais loucas e radicais, desenham as cenas e escrevem as falas dos actores.
Escrever não deve ser um exercício sem efeitos secundários.
E este alívio ao entregar o manuscrito para publicação dá uma dimensão desse misto de dor e de alívio.
Mas se o leitor e escritor João Tordo aceita essa compulsão das palavras só podemos seguir a torrente e ler o que escreve.
Dos seus viciantes policiais até aos ensaios que nos colocam perante o espelho da condição humana.
É essa condição, humana e insular, que espero ver no Rabo de Peixe, segunda temporada.
Entretanto, entretenho-me a ler o seu livro “Felicidade”. Uma história de um amor que mete trigémeas.
Preciso de dizer mais alguma coisa?
TÓPICOS
[00:00:00] . Sobre livros e a escrita da série Rabo de Peixe nos Açores.
[00:06:44] Plataformas pagavam impostos nos EUA, ICA favorecia cinema português.
[00:11:08] Cinema português precisa de mais apoio financeiro.
[00:18:42] Tripulante escapa da prisão e história morre.
[00:21:49] Arruda, antagonista de Eduardo, personagem interessante.
[00:27:05] Obsessão pelos livros desde criança, desvio para outras áreas, volta à escrita ficcional.
[00:35:54] Recentemente, comecei a gostar das minhas palavras.
[00:40:52] Lendo diversos livros diferentes e interessantes.
[00:46:03] Traçar fronteiras e limites é difícil. Crescimento pessoal requer enfrentar conflitos e amadurecer. Aceitar o sofrimento transforma em aceitação.
[00:53:39] Personagem contraria-se e altera os planos. Criatividade nasce da incompatibilidade com a realidade. Infância marcada por turbulência familiar.
[00:59:46] Mãe lê os meus livros e somos próximos. Troco viagens por almoços em família. Títulos de livros são difíceis de escolher. Ajuda colaborativa é importante.
[01:02:38] Escrever é como usar sapatos apertados.
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO
TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA
Jorge Correia [00:00:00]:
♪ Ora vivam, bem-vindos ao Pergunta Simples, o vosso podcast sobre comunicação. Ler um livro é das coisas que mais prazer me dá. Acontece o mesmo convosco? Quando entramos num livro passamos a habitar num mundo novo. Um mundo construído entre as palavras do escritor e a nossa própria imaginação.
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