Ouvir "O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva"
Sinopse do Episódio
Imagina um mundo onde as cores não se distinguem.Onde o vermelho e o verde se confundem, o azul é um rumor distante, e o laranja — aquele que te faz lembrar o verão — é apenas um tom indecifrável.É esse o mundo de 350 milhões de pessoas no planeta: o mundo dos daltónicos.Mas este episódio não é sobre visão. É sobre comunicação — sobre como o modo como representamos o mundo pode incluir ou excluir milhões de pessoas. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? um tema essencial para entendermos melhor a diversidade na percepção das cores.
A cor, afinal, é linguagem.E quando uma linguagem não é compreendida, o resultado é o mesmo de qualquer conversa mal traduzida: ruído, frustração, isolamento.Foi ao reparar nesse ruído que um ‘designer’ português, Miguel Neiva, decidiu criar o ColorADD: um código visual que permite a quem não distingue cores… distinguir o mundo. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva é uma reflexão que merece ser partilhada.
Parece uma ideia simples — e é precisamente aí que está o génio.Porque comunicar bem é quase sempre isto: traduzir o complexo em claro, o técnico em humano, o invisível em visível.O ColorADD nasceu no cruzamento entre design e empatia — e tornou-se uma nova forma de linguagem.Mas esta conversa vai muito além do código. É sobre o que significa comunicar com propósito.E sobre o que o design, a ciência e o ensino podem aprender uns com os outros quando o objetivo é servir o ser humano. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva deve ser uma parte vital de nosso entendimento sobre as relações humanas.
Num tempo em que tanto se fala de inovação, o que distingue uma boa ideia de um simples artifício é a capacidade de resolver um problema real de forma compreensível a todos.É isso que Miguel Neiva nos ensina: que o design é, no fundo, uma forma de tradução — a arte de dar forma visível às necessidades invisíveis.
Ao longo da conversa, há três grandes lições de comunicação que ficam:1. A clareza é uma forma de respeito.Quando simplificamos uma mensagem, não a empobrecemos: tornamo-la acessível.E isso é um ato ético, não estético.2. Uma boa ideia só existe quando é compreendida.É fácil criar símbolos, difícil é criar significado.A comunicação verdadeira exige empatia — ver o mundo com os olhos dos outros, mesmo quando esses olhos não veem as mesmas cores.3. O design é linguagem.Cada forma, cor, símbolo ou ausência deles comunica.O segredo está em desenhar para todos, e não apenas para quem já entende o código.
Há, portanto, algo de profundamente político e humano nesta conversa.Falamos de um sistema de cores, mas também de como nos vemos e ouvimos uns aos outros.De como o ruído, o preconceito e o ego são as verdadeiras “cores trocadas” da comunicação humana.
No fundo, esta é uma história sobre o poder da simplicidade.Sobre como uma linguagem clara pode tornar o mundo mais habitável, mais justo — e mais bonito.E talvez seja esse o papel de quem comunica, ensina ou lidera: transformar o invisível em compreensão.Como Miguel Neiva fez com as cores, também nós podemos fazer com as palavras.
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO
00:00:00:00 - 00:00:06:10
Desconhecido
Viva Miguel Neiva, designer conhecido por ser o criador do Colorado.
00:00:06:13 - 00:00:37:07
Desconhecido
Vamos já falar sobre isso. Um código de cores que ajuda as pessoas daltónicos a saber que cor é aquela que ali está. Quem não é daltónico provavelmente nem sequer entende bem a dificuldade de disrupção que pode significar no mundo dessas pessoas. Viva Miguel, Tens uma cor favorita? Tenho uma coisa favorita e é muito curioso. Eu visto sempre de preto e se me perguntares como que preto não, confesso que não sei, mas a minha cor favorita é o laranja.
00:00:37:09 - 00:01:10:24
Desconhecido
Isso é muito engraçado porque. Memórias de infância O laranja era a cor sempre desprezada pelos meus amigos quando jogávamos jogos. E pior que o amarelo,
A cor, afinal, é linguagem.E quando uma linguagem não é compreendida, o resultado é o mesmo de qualquer conversa mal traduzida: ruído, frustração, isolamento.Foi ao reparar nesse ruído que um ‘designer’ português, Miguel Neiva, decidiu criar o ColorADD: um código visual que permite a quem não distingue cores… distinguir o mundo. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva é uma reflexão que merece ser partilhada.
Parece uma ideia simples — e é precisamente aí que está o génio.Porque comunicar bem é quase sempre isto: traduzir o complexo em claro, o técnico em humano, o invisível em visível.O ColorADD nasceu no cruzamento entre design e empatia — e tornou-se uma nova forma de linguagem.Mas esta conversa vai muito além do código. É sobre o que significa comunicar com propósito.E sobre o que o design, a ciência e o ensino podem aprender uns com os outros quando o objetivo é servir o ser humano. O que as cores nos ensinam sobre comunicação? Miguel Neiva deve ser uma parte vital de nosso entendimento sobre as relações humanas.
Num tempo em que tanto se fala de inovação, o que distingue uma boa ideia de um simples artifício é a capacidade de resolver um problema real de forma compreensível a todos.É isso que Miguel Neiva nos ensina: que o design é, no fundo, uma forma de tradução — a arte de dar forma visível às necessidades invisíveis.
Ao longo da conversa, há três grandes lições de comunicação que ficam:1. A clareza é uma forma de respeito.Quando simplificamos uma mensagem, não a empobrecemos: tornamo-la acessível.E isso é um ato ético, não estético.2. Uma boa ideia só existe quando é compreendida.É fácil criar símbolos, difícil é criar significado.A comunicação verdadeira exige empatia — ver o mundo com os olhos dos outros, mesmo quando esses olhos não veem as mesmas cores.3. O design é linguagem.Cada forma, cor, símbolo ou ausência deles comunica.O segredo está em desenhar para todos, e não apenas para quem já entende o código.
Há, portanto, algo de profundamente político e humano nesta conversa.Falamos de um sistema de cores, mas também de como nos vemos e ouvimos uns aos outros.De como o ruído, o preconceito e o ego são as verdadeiras “cores trocadas” da comunicação humana.
No fundo, esta é uma história sobre o poder da simplicidade.Sobre como uma linguagem clara pode tornar o mundo mais habitável, mais justo — e mais bonito.E talvez seja esse o papel de quem comunica, ensina ou lidera: transformar o invisível em compreensão.Como Miguel Neiva fez com as cores, também nós podemos fazer com as palavras.
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00:00:00:00 - 00:00:06:10
Desconhecido
Viva Miguel Neiva, designer conhecido por ser o criador do Colorado.
00:00:06:13 - 00:00:37:07
Desconhecido
Vamos já falar sobre isso. Um código de cores que ajuda as pessoas daltónicos a saber que cor é aquela que ali está. Quem não é daltónico provavelmente nem sequer entende bem a dificuldade de disrupção que pode significar no mundo dessas pessoas. Viva Miguel, Tens uma cor favorita? Tenho uma coisa favorita e é muito curioso. Eu visto sempre de preto e se me perguntares como que preto não, confesso que não sei, mas a minha cor favorita é o laranja.
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Desconhecido
Isso é muito engraçado porque. Memórias de infância O laranja era a cor sempre desprezada pelos meus amigos quando jogávamos jogos. E pior que o amarelo,
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