Deus é Amor.

30/08/2025 7 min

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Sinopse do Episódio

«Deus é amor» - diz o Apóstolo S. João - e, como tal, nos ama com amor eterno, ou seja, desde toda a eternidade. Esta nossa eterna presença a Deus e em Deus, nós a vemos anunciada num texto da Sagrada Escritura, que diretamente se refere à Sabedoria divina - naturalmente anterior à criação, porque nela se encontra semeada - mas que a Santa Igreja, sem dificuldade, aplica a Nossa Senhora: «O Senhor me criou, como PRIMÍCIA das Suas obras, desde o princípio, antes que criasse coisa alguma. Desde a eternidade fui constituída, desde as origens, antes que a terra fosse criada. Ainda não havia os abismos, e eu já tinha sido concebida; ainda as fontes das águas não tinham brotado; ainda não tinham se assentado os montes sobre as suas bases; antes de haver outeiros, eu já tinha nascido. Ainda Ele não tinha criado a terra, nem os campos, nem o primeiro pó da terra. Quando Ele preparava os céus, eu estava presente; quando colocava uma abóbada sobre a superfície do abismo, quando firmava as nuvens lá no alto, quando equilibrava as fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não ultrapassassem os seus limites; quando assentou os fundamentos da terra, eu estava com Ele (Prov 8,22-30). Por certo que, de entre todas as criaturas, nenhuma como Nossa Senhora foi tão amada por Deus, mas todos nós estivemos igualmente, desde toda a eternidade, presentes na mente de Deus, no seu Projeto Criador; e Ele criou tudo o mais por amor de cada um de nós, porque, desde todo o sempre, nos teve presente e nos amou. Temos para com Deus uma dívida de amor eterno, e só na prolongação dos séculos é que podemos ir satisfazendo esta dívida, sem nunca a saldarmos completamente, porque o amor de Deus antecipou-se e prolonga-se sempre com maior intensidade. Por isso, ninguém nem coisa alguma merece como Ele a correspondência do nosso amor. [...] Foi o amor que levou Deus a colocar cada um de nós neste mundo, a nos redimir, enviando o Seu Filho, que Se ofereceu como vítima de expiação, para pagar por nós, para reparar pelos nossos pecados. Se Deus não nos tivesse amado, não existiríamos; permanecíamos no nada. É, pois, um dever de gratidão, de reconhecimento, de justiça e de direito amar a Deus sobre todas as coisas, retribuir amor com amor, como se costuma dizer o nosso povo: Amor com amor se paga. É, pois, um ato de justiça, amar Quem tanto nos ama e de Quem recebemos todos os bens. Este nosso amor deve ser sincero e desprendido. Para que a nossa fé, a nossa adoração, a nossa esperança e o nosso amor sejam verdadeiros e agradáveis a Deus, têm que reverter a favor dos nossos irmãos, através da nossa oração, do nosso bom exemplo, das nossas palavras e das nossas obras. Temos que procurar ajudá-Ias e atraí-Ias, para os levarmos a Deus, por caminhos retos de verdade, de justiça, de paz e de amor. Digo de justiça, porque esta virtude não se deve entender só pelo lado do castigo, porque tanto é justo punir o mal, como é justo recompensar o bem.
Fonte (texto/créditos):
Apelos da Mensagem de Fátima – o Amor. TRECHOS DO LIVRO DA IRMÃ LÚCIA: APELOS DA MENSAGEM DE FÁTIMA.
Agradecimentos (vinhetas): Vinicius Souza Lima.
Trilha sonora (créditos):
https://www.youtube.com/watch?v=-4Nz1fuSq5Q - Deus de amor INSTRUMENTAL - Junior Vidal
Imagem (créditos):
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