Ouvir "A fé - Catecismo da Igreja Católica. (VI)"
Sinopse do Episódio
Creio em um só Senhor.
“O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.» (Livro do Deuteronômio 6,4-5). Devemos amar a Deus nos lugares da Sua ausência. Entretanto, na cultura ocidental, a sarça ardente parece ter-se consumido, mas sem se ter consumado. É como se, culturalmente, o sagrado tivesse deixado de arder. E de queimar. Não atrai. Não implica. Não inspira. Diante dele, deixamos de tirar os sapatos, as sandálias. Parece que o mundo perdeu o fascínio pelos picos mais altos e o mistério que envolve os abismos mais profundos. Nem fascinante, nem tremendo, talvez persista, ainda, mas sem glória, na memória cultual e cultural de um passado recente. A Humanidade não pode prescindir de Deus! Ou, apenas, no folclore revisitado talvez por uma curiosidade turística ou interesse social de momento. Se todos os lugares – do universo e da consciência, da sociedade e da cultura, da ética e da estética – foram, até há pouco, lugar da presença de Deus, a grande maioria se tornou testemunhos da sua ausência. Infelizmente, Deus está perdendo o seu lugar nos lugares do nosso quotidiano. O Deus Absoluto está se tornando por isso, absolutamente irrelevante. [...] Permanece aquela ligação utilitária que ainda faz encontrar alguma vantagem, individualmente reconfortante ou socialmente agregadora, num mundo que, por momentos, parece correr apressadamente para lado nenhum, sem memória e sem destino. No nosso ambiente cultural, Deus Absoluto permanece só. Intocável, não toca a vida. Incompreendido, torna-Se esquecido. Nós, homens e mulheres tão sensíveis, deixamos de sentir Deus. Tão disponíveis para toda e qualquer diferença, cessamos de Lhe reconhecer a particularidade da voz. A maioria das pessoas vive aparentemente como se Deus não existisse. Nem sofrem nem ficam preocupados com isso. Será que não ficam mesmo? Será este o vazio que também enquadra a nossa identidade e as nossas práticas religiosas? Coletivamente, parece que está nos faltando a sabedoria da escuta e do discernimento para reconhecer Deus; a coragem para Lhe responder prontamente aos seus chamados; a arte dos gestos e das palavras para celebrar e de falar sobre Deus. Este parece ser o nosso ponto de partida comum, o vazio que prova o nosso amor. Demasiado pouco? Sim, talvez. Mas é o que é. Recordemos que o mundo e a cultura que, até há bem pouco tempo se compreenderam, naturalmente e necessariamente, cheios de Deus, também produziram os seus ídolos e seus mandantes, as suas abstrações e alienações, as suas iniquidades e impiedades. Tomemos, portanto, este novo lugar e seus vazios como possibilidade para o cristianismo, uma promessa purificadora e tão fecunda para a nossa fé como arte de viver e de habitar o mundo. Poderemos reaprender a riqueza do despojamento, o dom criador da expectativa, a graça de voltar a amar a Deus em todas as coisas e de amar todas as coisas em Deus. Aquele ponto de partida, quase do zero, no qual os místicos do passado procuraram se elevar ao encontro com Deus, parece ser o nosso ponto de partida, como início comum. A pirâmide espiritual parece que está invertida. Na correria da vida quotidiana, na incerteza do concreto e na insegurança do imediato, infelizmente partimos da ausência de Deus. Mas, pela carência, pela escassez e aridez de vida espiritual, o nosso amor purificado poderá fazer germinar e maturar novos frutos.
Fonte (texto/créditos): http://www.fatima2017.org/pt/menu-topo/planificacao
Imagem (créditos): AdobeStock_139958657_Preview
Trilha sonora (créditos): https://www.youtube.com/watch?v=_cA7Hv-STdA. Corazón de Niño - Raúl di Blasio \\ Jacob's Piano - Jacob's Piano
Agradecimentos (vinhetas): Vinicius Souza Lima e ao Apostolado Mundial de Fátima - AMF) - https://worldfatima.com/pt/
“O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças.» (Livro do Deuteronômio 6,4-5). Devemos amar a Deus nos lugares da Sua ausência. Entretanto, na cultura ocidental, a sarça ardente parece ter-se consumido, mas sem se ter consumado. É como se, culturalmente, o sagrado tivesse deixado de arder. E de queimar. Não atrai. Não implica. Não inspira. Diante dele, deixamos de tirar os sapatos, as sandálias. Parece que o mundo perdeu o fascínio pelos picos mais altos e o mistério que envolve os abismos mais profundos. Nem fascinante, nem tremendo, talvez persista, ainda, mas sem glória, na memória cultual e cultural de um passado recente. A Humanidade não pode prescindir de Deus! Ou, apenas, no folclore revisitado talvez por uma curiosidade turística ou interesse social de momento. Se todos os lugares – do universo e da consciência, da sociedade e da cultura, da ética e da estética – foram, até há pouco, lugar da presença de Deus, a grande maioria se tornou testemunhos da sua ausência. Infelizmente, Deus está perdendo o seu lugar nos lugares do nosso quotidiano. O Deus Absoluto está se tornando por isso, absolutamente irrelevante. [...] Permanece aquela ligação utilitária que ainda faz encontrar alguma vantagem, individualmente reconfortante ou socialmente agregadora, num mundo que, por momentos, parece correr apressadamente para lado nenhum, sem memória e sem destino. No nosso ambiente cultural, Deus Absoluto permanece só. Intocável, não toca a vida. Incompreendido, torna-Se esquecido. Nós, homens e mulheres tão sensíveis, deixamos de sentir Deus. Tão disponíveis para toda e qualquer diferença, cessamos de Lhe reconhecer a particularidade da voz. A maioria das pessoas vive aparentemente como se Deus não existisse. Nem sofrem nem ficam preocupados com isso. Será que não ficam mesmo? Será este o vazio que também enquadra a nossa identidade e as nossas práticas religiosas? Coletivamente, parece que está nos faltando a sabedoria da escuta e do discernimento para reconhecer Deus; a coragem para Lhe responder prontamente aos seus chamados; a arte dos gestos e das palavras para celebrar e de falar sobre Deus. Este parece ser o nosso ponto de partida comum, o vazio que prova o nosso amor. Demasiado pouco? Sim, talvez. Mas é o que é. Recordemos que o mundo e a cultura que, até há bem pouco tempo se compreenderam, naturalmente e necessariamente, cheios de Deus, também produziram os seus ídolos e seus mandantes, as suas abstrações e alienações, as suas iniquidades e impiedades. Tomemos, portanto, este novo lugar e seus vazios como possibilidade para o cristianismo, uma promessa purificadora e tão fecunda para a nossa fé como arte de viver e de habitar o mundo. Poderemos reaprender a riqueza do despojamento, o dom criador da expectativa, a graça de voltar a amar a Deus em todas as coisas e de amar todas as coisas em Deus. Aquele ponto de partida, quase do zero, no qual os místicos do passado procuraram se elevar ao encontro com Deus, parece ser o nosso ponto de partida, como início comum. A pirâmide espiritual parece que está invertida. Na correria da vida quotidiana, na incerteza do concreto e na insegurança do imediato, infelizmente partimos da ausência de Deus. Mas, pela carência, pela escassez e aridez de vida espiritual, o nosso amor purificado poderá fazer germinar e maturar novos frutos.
Fonte (texto/créditos): http://www.fatima2017.org/pt/menu-topo/planificacao
Imagem (créditos): AdobeStock_139958657_Preview
Trilha sonora (créditos): https://www.youtube.com/watch?v=_cA7Hv-STdA. Corazón de Niño - Raúl di Blasio \\ Jacob's Piano - Jacob's Piano
Agradecimentos (vinhetas): Vinicius Souza Lima e ao Apostolado Mundial de Fátima - AMF) - https://worldfatima.com/pt/
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