Os recentes ataques americanos à costa da Venezuela, sob a justificativa de combate ao narcotráfico, revelam muito mais do que tensões bilaterais: escancaram as fragilidades do chamado "entorno estratégico" brasileiro, conceito central da nossa política de defesa, mas que parece restrito ao discurso diplomático. A presença constante dos Estados Unidos no Caribe e em países fronteiriços amplia a pressão sobre a soberania regional, enquanto o Brasil, apesar do tamanho e da relevância geográfica, mantém uma postura reativa e dispersa em termos de segurança. Quais são, afinal, as falhas da nossa capacidade defensiva? Por que uma política de Estado como o entorno estratégico é tão pouco debatida publicamente? Para comentar o tema, convidamos Augusto Teixeira Junior, professor de relações internacionais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Agora disponível na Rádio Metropolitana do Rio de Janeiro, 80.5 FM.

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