Ouvir "Episódio 119 - Auto engano Misa cast"
Sinopse do Episódio
Autoengano — Como e Por Que Enganamos a Nós Mesmos --- 1. Introdução (5 minutos) Cumprimento e apresentação pessoal. Pergunta inicial para engajar: “Você já percebeu que às vezes diz para si mesmo coisas que sabe que não são totalmente verdade?” Definição simples de autoengano: “É o processo pelo qual o cérebro distorce ou omite a verdade para proteger a pessoa de desconfortos emocionais.” Contextualização: impacto no cotidiano — nas decisões, relações interpessoais, saúde mental, carreira, etc. Objetivo da palestra: entender o que é o autoengano, como ele funciona, por que acontece e como podemos lidar com ele para viver melhor. --- 2. O que é Autoengano? (10 minutos) Conceito detalhado: distorção da percepção e crenças para evitar enfrentar verdades dolorosas. Exemplos práticos: Negar que um problema financeiro está grave mesmo com contas atrasadas. Justificar falhas no trabalho culpando fatores externos. Acreditar que está “controlando” o uso de um vício, quando na verdade não está. Autoengano consciente vs. inconsciente: Consciente: a pessoa sabe que pode estar mentindo para si, mas escolhe acreditar. Inconsciente: a mente cria mecanismos para realmente “esquecer” ou ignorar certas verdades. Relação com mecanismos de defesa psicológicos, como negação, racionalização e repressão. Importância para a saúde mental: em doses moderadas, pode proteger contra ansiedade e depressão. --- 3. Por que o cérebro se engana? (12 minutos) O cérebro prioriza o bem-estar emocional para garantir funcionamento diário. Teoria evolutiva: Robert Trivers e a ideia de que o autoengano serve para melhorar o engano social. Explicação: se você acredita na sua mentira, demonstra menos sinais de estresse, fazendo a mentira mais convincente para os outros. Mecanismos cognitivos envolvidos: Atenção seletiva: foco apenas em informações que confirmam a crença desejada. Memória seletiva: lembrar de fatos que favorecem a narrativa pessoal e esquecer o resto. Racionalização: criação de explicações lógicas para comportamentos ou emoções conflitantes. Exemplo: atleta que insiste que está bem para jogar, mesmo com dores, para não perder a vaga no time. Debate: o autoengano é uma falha do cérebro ou uma estratégia inteligente? Discussão filosófica e científica. --- 4. Como o autoengano funciona no cérebro? (12 minutos) Áreas cerebrais envolvidas: Córtex pré-frontal ventromedial: avalia valores, julga informações e controla a racionalização. Córtex cingulado anterior: monitora conflitos entre crenças e evidências, sinalizando quando algo “não bate”. Amígdala: relacionada ao medo e ansiedade, pode ser “desligada” para evitar sofrimento emocional. Estudos neurocientíficos: Sharot et al. (2011): viés otimista, onde as pessoas atualizam mais facilmente as crenças quando recebem boas notícias do que más. Exemplo prático: acreditar que um problema de saúde não é grave mesmo após diagnóstico preocupante. Explicação do viés de confirmação e viés otimista como formas de autoengano enraizadas no funcionamento cerebral. Relação com emoções: medo, ansiedade e a necessidade de conforto psicológico levam ao autoengano. --- 5. Impactos do Autoengano (15 minutos) Aspectos positivos: Proteção emocional em momentos de crise. Ajuda a manter a autoestima e a motivação. Permite a resiliência diante de situações difíceis. Aspectos negativos: Bloqueia o autoconhecimento e o crescimento pessoal. Pode levar à repetição de erros e à manutenção de comportamentos prejudiciais. Prejudica relacionamentos por falta de honestidade consigo mesmo e com os outros. Pode resultar em problemas sérios, como dependência, doenças não tratadas e estagnação profissional. Relação com transtornos mentais: Dependência química: negação do problema é um tipo clássico de autoengano. Transtornos alimentares: distorção da imagem corporal. Transtorno narcisista: crenças exageradas sobre si mesmo. Exemplo real de caso (sem identificar pessoa): alguém que negava estar com depressão e só buscou ajuda após crise grave. Dados estatísticos sobre a prevalência do autoengano em contextos clínicos. --- 6. Como identificar e enfrentar o autoengano? (15 minutos) Identificação: Praticar a autoconsciência: refletir sobre crenças e comportamentos. Perguntar-se: “Essa crença me ajuda ou me atrapalha?” Observar sinais de resistência à mudança e defesa exagerada. Ferramentas para enfrentamento: Feedback externo: ouvir opiniões sinceras de pessoas confiáveis. Psicoterapia: terapia cognitivo-comportamental ajuda a identificar distorções cognitivas. Práticas de mindfulness e meditação para aumentar a atenção ao momento presente e às emoções. Escrita reflexiva (diários) para explorar pensamentos ocultos. Dicas práticas: Aceitar que o desconforto faz parte do processo de crescimento. Evitar justificativas automáticas. Promover honestidade consigo mesmo como um ato de coragem. Exemplo de exercício prático para a audiência: lista de crenças limitantes para serem questionadas. --- 7. Livros e estudos recomendados para aprofundar (5 minutos) Apresentar os livros: The Folly of Fools — Robert Trivers (evolução do autoengano) Mistakes Were Made (But Not by Me) — Tavris e Aronson (psicologia social e dissonância cognitiva) Self-Deception Unmasked — Alfred Mele (perspectiva filosófica) Strangers to Ourselves — Timothy Wilson (inconsciente adaptativo) The Self Illusion — Bruce Hood (construção da identidade) Sugerir artigos científicos, por exemplo: Sharot, T., Korn, C. W., & Dolan, R. J. (2011). How unrealistic optimism is maintained in the face of reality. Indicar onde encontrar (bibliotecas, plataformas online, livrarias). --- 8. Conclusão (5 minutos) Recapitular os pontos principais: definição, funcionamento, impactos e como lidar com o autoengano. Reforçar que o autoengano é um mecanismo comum, natural, mas que deve ser reconhecido para evitar prejuízos. Encorajar a reflexão contínua e o desenvolvimento da autoconsciência como ferramentas para uma vida mais autêntica e saudável. Frase final motivacional: “A honestidade consigo mesmo é o primeiro passo para a liberdade interior.” --- 9. Sessão de Perguntas e Respostas (10-15 minutos) Abrir espaço para dúvidas, comentários e troca com o público. Caso o público seja pequeno, propor um diálogo mais aprofundado sobre experiências pessoais com o tema. --- Dicas para apresentação: Use histórias e exemplos reais para tornar o tema mais palpável. Inclua perguntas para manter o público engajado. Utilize slides com frases-chave, gráficos simples e imagens ilustrativas. Se possível, faça dinâmicas rápidas, como reflexões em duplas ou exercícios de autopercepção. --- Quer que eu ajude a montar os slides, sugerir dinâmicas ou detalhar algum tópico com exemplos específicos?
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