Ouvir "Prefácios e Textos Breves (1920 - 1922)"
Sinopse do Episódio
Neste episódio, apresento um conjunto de escritos curtos de Freud, produzidos entre 1920 e 1922, que, embora breves, carregam enorme densidade e variedade. São textos que se movem entre a técnica psicanalítica, notas biográficas, reflexões conceituais e interpretações de símbolos culturais.Os escritos reunidos são:Contribuição à pré-história da técnica psicanalítica – onde Freud remonta a antecedentes curiosos da livre associação, mostrando como a prática da escrita espontânea e do pensamento livre já surgia em outros contextos antes de ser formalizada pela psicanálise.A associação de ideias de uma garota de quatro anos – uma observação clínica delicada e surpreendente, na qual Freud destaca a capacidade simbólica das crianças pequenas e a forma precoce como utilizam substituições e analogias.O Dr. Anton von Freund – um texto memorial que homenageia o amigo e colaborador, ressaltando seu empenho em criar uma clínica psicanalítica acessível aos mais pobres e a importância de sua atuação institucional.Prefácio a Addresses on Psychoanalysis, de James J. Putnam – reconhecimento à contribuição do neurologista americano, um dos primeiros defensores da psicanálise nos Estados Unidos, sublinhando sua ética e coragem diante das resistências da época.Apresentação de The Psychology of Day-Dreams, de J. Varendonck – onde Freud ressalta a importância do estudo do devaneio como via de acesso ao inconsciente, aproximando-o dos sonhos e atos falhos.Prefácio a O Método Psicanalítico, de Raymond de Saussure – um breve texto de legitimação e encorajamento a um jovem autor, que buscava esclarecer equívocos recorrentes sobre a psicanálise na França.Algumas palavras sobre o inconsciente – uma síntese clara da concepção freudiana do inconsciente, distinguindo-o do pré-consciente e destacando a resistência e a culpa inconsciente como provas de sua atuação.A cabeça da Medusa – talvez o mais literário desses textos, em que Freud interpreta o mito da Medusa como metáfora do horror à castração, mostrando como imagens míticas podem condensar afetos inconscientes universais.“Decapitar é igual a castrar. O horror à Medusa é, portanto, horror à castração, ligado à visão de algo.”Apesar de curtos, esses escritos revelam a amplitude da psicanálise: da investigação clínica à mitologia, da homenagem aos colegas à crítica cultural. São pequenas janelas que permitem ver como Freud pensava, escrevia e dialogava com seu tempo – sempre trazendo o inconsciente para o centro da cena.📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 15 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.📚 Para adquirir o livro onde este artigo se encontra: https://amzn.to/3GRsxpZ📱 Para adquirir o eBook: https://amzn.to/4oaHswvSe gostou, compartilhe, siga o podcast e avalie com carinho. E se quiser mais leituras psicanalíticas, conheça também o Suficientemente Winnicott, os links estão na descrição.
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