Ouvir "Retaliação do Brasil aos EUA custará muito caro"
Sinopse do Episódio
Os EUA são hoje o segundo maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China. Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 40 bilhões aos EUA, o que representa 1,8% do PIB nacional, mas 13% das exportações brasileiras e concentradas na indústria de transformação. Na comparação com o resto do mundo, 80,2% das exportações brasileiras para os EUA são da Indústria de Transformação, enquanto para o resto do mundo ficam em 53,6%.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) elaborou um estudo detalhado sobre os possíveis impactos econômicos da imposição de tarifas e retaliações. A análise considerou não apenas os efeitos diretos sobre as exportações brasileiras, mas também as consequências para o consumo, o emprego, a renda das famílias e os investimentos. No cenário base, com a aplicação unilateral da tarifa de 50% pelos EUA, o PIB brasileiro pode encolher em até R$ 175 bilhões no longo prazo, o equivalente a uma retração de 1,49%. Já no curto prazo, a queda seria de R$ 47 bilhões (-0,4%). Essas perdas estão relacionadas à queda nas exportações (-5,80%) e importações (-5,64%) e pela retração do consumo das famílias (-0,67%).
O impacto também é significativo no mercado de trabalho. O estudo estima a perda de 538 mil empregos no curto prazo e mais de 1,3 milhão de postos ao longo dos anos seguintes. A massa salarial pode encolher em R$ 6,5 bilhões no início e alcançar uma perda de até R$ 24,4 bilhões no longo prazo. Com menos gente empregada e menos renda circulando, a arrecadação pública também sofre, podendo cair R$ 1,3 bilhão no curto prazo e até R$ 4,86 bilhões no longo prazo.
No curto prazo, os setores mais afetados são a fabricação de equipamentos de transporte (-22,9%), siderurgia e ferro-gusa (-12,3%) e fabricação de produtos de madeira (-7,7%). No longo prazo, as perdas permanecem concentradas em fabricação de equipamentos de transporte (-21,6%), siderurgia/ferro-gusa (-11,7%) e produtos de madeira (-8,1%). Com o tempo, os efeitos negativos se espalham para outras áreas da economia, como construção civil, comércio, saúde, educação e serviços domésticos. Isso mostra que o impacto não se limita ao setor exportador, mas se estende a toda a cadeia produtiva e ao mercado interno.
Em um cenário mais grave, no qual o Brasil decide retaliar os EUA com uma tarifa do mesmo valor, os prejuízos seriam ainda maiores. O PIB pode encolher em R$ 259 bilhões (-2,21%), com a perda de até 1,9 milhão de postos de trabalho formal e informal, redução de R$ 36,2 bilhões na massa salarial e perda de R$ 7,2 bilhões em arrecadação tributária. Esse cenário de “olho por olho” evidencia os riscos de uma retaliação espelhada, principalmente para uma economia que depende do comércio internacional para dinamizar setores estratégicos.
Em um cenário ainda mais tenso, com dupla retaliação (tarifas de 100% de ambos os lados) e queda nos investimentos estrangeiros diretos, estimada em 40% por parte dos EUA e 30% do restante do mundo, a perda no PIB brasileiro pode chegar a R$ 667 bilhões (-5,68%), com cerca de 5 milhões de empregos eliminados, queda de R$ 93 bilhões na renda das famílias e queda de mais de R$ 18 bilhões na arrecadação de impostos.
O estudo da Fiemg é um alerta sobre os riscos de uma guerra comercial. Apesar de parecer uma resposta firme que exalta a soberania do país, a retaliação pode causar um efeito dominó que prejudica a economia como um todo de ambos os países, mas talvez maior no Brasil, pois os EUA é o nosso segundo maior parceiro comercial. A solução mais sensata para evitar prejuízos maiores passa pelo diálogo e pela construção de acordos que preservem o comércio, a produção e o bem-estar da população brasileira.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) elaborou um estudo detalhado sobre os possíveis impactos econômicos da imposição de tarifas e retaliações. A análise considerou não apenas os efeitos diretos sobre as exportações brasileiras, mas também as consequências para o consumo, o emprego, a renda das famílias e os investimentos. No cenário base, com a aplicação unilateral da tarifa de 50% pelos EUA, o PIB brasileiro pode encolher em até R$ 175 bilhões no longo prazo, o equivalente a uma retração de 1,49%. Já no curto prazo, a queda seria de R$ 47 bilhões (-0,4%). Essas perdas estão relacionadas à queda nas exportações (-5,80%) e importações (-5,64%) e pela retração do consumo das famílias (-0,67%).
O impacto também é significativo no mercado de trabalho. O estudo estima a perda de 538 mil empregos no curto prazo e mais de 1,3 milhão de postos ao longo dos anos seguintes. A massa salarial pode encolher em R$ 6,5 bilhões no início e alcançar uma perda de até R$ 24,4 bilhões no longo prazo. Com menos gente empregada e menos renda circulando, a arrecadação pública também sofre, podendo cair R$ 1,3 bilhão no curto prazo e até R$ 4,86 bilhões no longo prazo.
No curto prazo, os setores mais afetados são a fabricação de equipamentos de transporte (-22,9%), siderurgia e ferro-gusa (-12,3%) e fabricação de produtos de madeira (-7,7%). No longo prazo, as perdas permanecem concentradas em fabricação de equipamentos de transporte (-21,6%), siderurgia/ferro-gusa (-11,7%) e produtos de madeira (-8,1%). Com o tempo, os efeitos negativos se espalham para outras áreas da economia, como construção civil, comércio, saúde, educação e serviços domésticos. Isso mostra que o impacto não se limita ao setor exportador, mas se estende a toda a cadeia produtiva e ao mercado interno.
Em um cenário mais grave, no qual o Brasil decide retaliar os EUA com uma tarifa do mesmo valor, os prejuízos seriam ainda maiores. O PIB pode encolher em R$ 259 bilhões (-2,21%), com a perda de até 1,9 milhão de postos de trabalho formal e informal, redução de R$ 36,2 bilhões na massa salarial e perda de R$ 7,2 bilhões em arrecadação tributária. Esse cenário de “olho por olho” evidencia os riscos de uma retaliação espelhada, principalmente para uma economia que depende do comércio internacional para dinamizar setores estratégicos.
Em um cenário ainda mais tenso, com dupla retaliação (tarifas de 100% de ambos os lados) e queda nos investimentos estrangeiros diretos, estimada em 40% por parte dos EUA e 30% do restante do mundo, a perda no PIB brasileiro pode chegar a R$ 667 bilhões (-5,68%), com cerca de 5 milhões de empregos eliminados, queda de R$ 93 bilhões na renda das famílias e queda de mais de R$ 18 bilhões na arrecadação de impostos.
O estudo da Fiemg é um alerta sobre os riscos de uma guerra comercial. Apesar de parecer uma resposta firme que exalta a soberania do país, a retaliação pode causar um efeito dominó que prejudica a economia como um todo de ambos os países, mas talvez maior no Brasil, pois os EUA é o nosso segundo maior parceiro comercial. A solução mais sensata para evitar prejuízos maiores passa pelo diálogo e pela construção de acordos que preservem o comércio, a produção e o bem-estar da população brasileira.
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