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Ouvir "Produção Industrial continua em desaceleração"
Sinopse do Episódio
Após dois meses consecutivos de queda, a produção industrial brasileira variou 0,1% em junho frente a maio, segundo dados do IBGE. O leve avanço não foi suficiente para reverter as perdas acumuladas nos meses anteriores, que somaram uma queda de 1,2% em abril e maio. Com isso, a produção industrial acumula uma alta de 1,2% no ano até junho e 2,4% em 12 meses.
O resultado de junho foi marcado por altas em 17 dos 25 ramos industriais pesquisados. O principal destaque foi a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 2,4% no mês, após recuar 4,0% em maio. Também contribuíram para o desempenho da indústria as altas nos setores de produtos químicos (0,6%), metalurgia (1,4%), produtos de borracha e de material plástico (1,4%), celulose, papel e produtos de papel (1,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,7%), outros equipamentos de transporte (3,2%) e impressão e reprodução de gravações (6,6%).
Das oito atividades industriais registraram retração em junho, os principais impactos negativos vieram de indústrias extrativas (-1,9%), produtos alimentícios (-1,9%) e coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,3%). Juntas, essas três atividades respondem por cerca de 45% da indústria e ajudaram a conter o avanço do setor como um todo. A indústria extrativa foi impactada pela menor produção de minério de ferro, interrompendo uma sequência de quatro meses de alta, que acumulava ganho de 9,3%. O setor de alimentos, por sua vez, completou o quarto mês seguido de queda, pressionado por menores produções de açúcar, carnes de bovinos, aves e suínos, sucos de laranja e alguns derivados da soja. Já o segmento de derivados do petróleo e biocombustíveis recuou pela terceira vez consecutiva, puxado pela menor fabricação de álcool.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (1,2%) e bens de consumo duráveis (0,2%) apresentaram resultados positivos na passagem de maio para junho, após quedas de 1,6% e 3,3%, respectivamente. Já os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-1,2%) e de bens intermediários (-0,1%) registraram retrações. O primeiro acumulou queda de 5,7% em três meses consecutivos, e o segundo repetiu a taxa negativa de maio.
Na comparação com junho de 2024, a produção industrial recuou 1,3%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 12 dos 25 ramos pesquisados. As maiores pressões vieram de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-13,2%) e de produtos alimentícios (-3,2%). Também contribuíram para o resultado os recuos em produtos farmacêuticos (-7,4%), bebidas (-5,0%), equipamentos eletrônicos e ópticos (-4,0%) e celulose e papel (-1,8%).
Entre as atividades que cresceram na comparação interanual, o destaque ficou para as indústrias extrativas (3,8%), impulsionadas pela maior produção de óleos brutos de petróleo, minério de ferro e gás natural. Também registraram alta os ramos de veículos automotores (1,4%), máquinas e equipamentos (1,9%), produtos químicos (1,9%), metalurgia (4,0%), produtos de borracha e plástico (5,0%), produtos têxteis (9,4%), outros equipamentos de transporte (10,0%), produtos do fumo (13,7%) e manutenção e reparação de máquinas (14,2%).
Dentre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis (-8,8%) e bens de capital (-1,2%) registraram retrações em junho frente ao mesmo mês de 2024, enquanto bens intermediários (1,7%) e bens de consumo duráveis (0,2%) mostraram crescimento. O fraco desempenho dos bens de consumo semi e não duráveis foi fortemente influenciado pela queda de 27,6% na produção de carburantes, especialmente álcool etílico.
Os dados de junho revelam uma indústria com crescimento limitado e concentrado em poucos setores. Esse cenário preocupa especialmente diante do novo contexto externo, marcado pela imposição de tarifas de 50% pelos EUA sobre produtos brasileiros. O tarifaço, anunciado pelo governo Trump, deve comprometer ainda mais o desempenho industrial nos próximos meses, afetando diretamente segmentos exportadores como alimentos, químicos e metalurgia.
O resultado de junho foi marcado por altas em 17 dos 25 ramos industriais pesquisados. O principal destaque foi a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias, que avançou 2,4% no mês, após recuar 4,0% em maio. Também contribuíram para o desempenho da indústria as altas nos setores de produtos químicos (0,6%), metalurgia (1,4%), produtos de borracha e de material plástico (1,4%), celulose, papel e produtos de papel (1,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,7%), outros equipamentos de transporte (3,2%) e impressão e reprodução de gravações (6,6%).
Das oito atividades industriais registraram retração em junho, os principais impactos negativos vieram de indústrias extrativas (-1,9%), produtos alimentícios (-1,9%) e coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,3%). Juntas, essas três atividades respondem por cerca de 45% da indústria e ajudaram a conter o avanço do setor como um todo. A indústria extrativa foi impactada pela menor produção de minério de ferro, interrompendo uma sequência de quatro meses de alta, que acumulava ganho de 9,3%. O setor de alimentos, por sua vez, completou o quarto mês seguido de queda, pressionado por menores produções de açúcar, carnes de bovinos, aves e suínos, sucos de laranja e alguns derivados da soja. Já o segmento de derivados do petróleo e biocombustíveis recuou pela terceira vez consecutiva, puxado pela menor fabricação de álcool.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (1,2%) e bens de consumo duráveis (0,2%) apresentaram resultados positivos na passagem de maio para junho, após quedas de 1,6% e 3,3%, respectivamente. Já os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (-1,2%) e de bens intermediários (-0,1%) registraram retrações. O primeiro acumulou queda de 5,7% em três meses consecutivos, e o segundo repetiu a taxa negativa de maio.
Na comparação com junho de 2024, a produção industrial recuou 1,3%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 12 dos 25 ramos pesquisados. As maiores pressões vieram de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (-13,2%) e de produtos alimentícios (-3,2%). Também contribuíram para o resultado os recuos em produtos farmacêuticos (-7,4%), bebidas (-5,0%), equipamentos eletrônicos e ópticos (-4,0%) e celulose e papel (-1,8%).
Entre as atividades que cresceram na comparação interanual, o destaque ficou para as indústrias extrativas (3,8%), impulsionadas pela maior produção de óleos brutos de petróleo, minério de ferro e gás natural. Também registraram alta os ramos de veículos automotores (1,4%), máquinas e equipamentos (1,9%), produtos químicos (1,9%), metalurgia (4,0%), produtos de borracha e plástico (5,0%), produtos têxteis (9,4%), outros equipamentos de transporte (10,0%), produtos do fumo (13,7%) e manutenção e reparação de máquinas (14,2%).
Dentre as grandes categorias econômicas, bens de consumo semi e não duráveis (-8,8%) e bens de capital (-1,2%) registraram retrações em junho frente ao mesmo mês de 2024, enquanto bens intermediários (1,7%) e bens de consumo duráveis (0,2%) mostraram crescimento. O fraco desempenho dos bens de consumo semi e não duráveis foi fortemente influenciado pela queda de 27,6% na produção de carburantes, especialmente álcool etílico.
Os dados de junho revelam uma indústria com crescimento limitado e concentrado em poucos setores. Esse cenário preocupa especialmente diante do novo contexto externo, marcado pela imposição de tarifas de 50% pelos EUA sobre produtos brasileiros. O tarifaço, anunciado pelo governo Trump, deve comprometer ainda mais o desempenho industrial nos próximos meses, afetando diretamente segmentos exportadores como alimentos, químicos e metalurgia.
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