Ouvir "O mercado enlouqueceu?"
Sinopse do Episódio
A bolsa bateu recorde ontem e o dólar também recuou, mesmo com a Selic em 15% ao ano. É importante entender o que está acontecendo na economia brasileira e como fatores externos influenciam diretamente o cenário interno, especialmente o que ocorre nos Estados Unidos.
A Selic está em 15% ao ano devido às preocupações com a inflação no Brasil. No mês passado, houve até um episódio pontual de deflação, provocado pelo bônus de Itaipu, mas a inflação segue elevada e resistente, com dificuldades de convergir para a meta de 3% projetada apenas para 2027. Esse quadro se agrava com a expansão fiscal contínua, que deve se intensificar no segundo semestre e também em 2026 com o impulso fiscal para a eleição.
A expectativa é de que a Selic permaneça neste patamar até o fim deste ano e boa parte do próximo, com reduções acontecendo de forma mais lenta do que o mercado gostaria. Isso deveria trazer um impacto negativo sobre o Ibovespa, mas ontem ele bateu 146 mil pontos e fechou em 145 mil, números bastante expressivos para o contexto atual. Esse movimento, no entanto, não se explica apenas pelos fatores internos.
Os Estados Unidos vêm reduzindo sua taxa de juros, o que torna os mercados emergentes mais atrativos. Com os títulos americanos pagando menos, investidores buscam alternativas que ofereçam maior retorno, e o Brasil entra nesse radar. De um lado, há os títulos públicos brasileiros, que acompanham a remuneração da Selic, e de outro, a própria Bolsa, que estava com desempenho fraco nos últimos anos e, por isso, apresenta ativos muito baratos. Essa combinação tem atraído fluxo de capital estrangeiro.
Ainda assim, esse cenário pode mudar. Novos indicadores da economia brasileira serão divulgados em breve, e os dados já mostram uma desaceleração significativa no segundo trimestre. Isso pode trazer complicações tanto para as contas do setor público quanto para o desempenho de várias empresas listadas na Bolsa.
A Selic está em 15% ao ano devido às preocupações com a inflação no Brasil. No mês passado, houve até um episódio pontual de deflação, provocado pelo bônus de Itaipu, mas a inflação segue elevada e resistente, com dificuldades de convergir para a meta de 3% projetada apenas para 2027. Esse quadro se agrava com a expansão fiscal contínua, que deve se intensificar no segundo semestre e também em 2026 com o impulso fiscal para a eleição.
A expectativa é de que a Selic permaneça neste patamar até o fim deste ano e boa parte do próximo, com reduções acontecendo de forma mais lenta do que o mercado gostaria. Isso deveria trazer um impacto negativo sobre o Ibovespa, mas ontem ele bateu 146 mil pontos e fechou em 145 mil, números bastante expressivos para o contexto atual. Esse movimento, no entanto, não se explica apenas pelos fatores internos.
Os Estados Unidos vêm reduzindo sua taxa de juros, o que torna os mercados emergentes mais atrativos. Com os títulos americanos pagando menos, investidores buscam alternativas que ofereçam maior retorno, e o Brasil entra nesse radar. De um lado, há os títulos públicos brasileiros, que acompanham a remuneração da Selic, e de outro, a própria Bolsa, que estava com desempenho fraco nos últimos anos e, por isso, apresenta ativos muito baratos. Essa combinação tem atraído fluxo de capital estrangeiro.
Ainda assim, esse cenário pode mudar. Novos indicadores da economia brasileira serão divulgados em breve, e os dados já mostram uma desaceleração significativa no segundo trimestre. Isso pode trazer complicações tanto para as contas do setor público quanto para o desempenho de várias empresas listadas na Bolsa.
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