Nada iguala a magia do rádio, o único capaz de fazer milagres

31/01/2020 4 min

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Sinopse do Episódio

Claro que eu sou suspeito para falar do rádio como meio de comunicação, como ferramenta de trabalho e como alternativa para chegar em cantos, recantos, mundos e emoções que a gente nem consegue dimensionar.
Fico pasmo quando escuto pessoas dizendo: o rádio morreu! Vale aqui aquela máxima atribuída a nãos ei quem: a poesia morreu, ao que outros gritam: viva a poesia. Até porque há muitas dimensões para o que se chama genericamente de poesia. Há poesia no olhar da pessoa amada, no gesto de afeto do filho, na melancolia de alguma foto, na plasticidade de um gol – enfim, há poesia para todos os gostos.
O mesmo vale para o rádio, porque é o único amigo que pode estar ali, ao seu lado, o tempo todo. O celular demanda atenções, a televisão requer seu olhar. O rádio, não. Posso estar assando um churrasco e escutando qualquer tipo de programa, o mesmo para quem estiver trabalhando em alguma oficina, lidando com a plantação. O que dizer então da dona de casa, que tem no rádio a verdadeira companhia.
Não me levem a mal – mas confesso minha paixão pelo rádio e assumo que ele tem um protagonismo sem paralelo. Ele não se descuidou da modernidade e hoje quase todas as emissoras estão disponíveis pela internet – ainda que, para mim, rádio mesmo é no rádio, na sintonia.