Engraçado a visão que a gente tem do que a gente acha que a gente vai ser um dia, ou até mesmo de quem a gente é.

Eu achava que morar sozinha era totalmente diferente da realidade que estou vivendo e, é claro que a experiência pra cada um é muito diferente. O que eu tô vivendo é único e outras pessoas que moram sozinhas podem sentir de uma forma completamente diferente.
Mas a minha idéia infantil era que eu poderia fazer o que eu quisesse e meu apê viveria cheio de amigos, e que eu poderia dar festinhas, e que eu dormiria mais tarde, comeria sempre o que eu quisesse.

Ok, de fato muitas dessas coisas são reais e possíveis porém quando temos o nosso lar, queremos cuidar dele com carinho. Porque a verdade é que nada se conquista tão fácil assim. As coisas tem um preço, e um valor. E muita gente em sua casa é sinônimo de muita energia misturada. Muita bagunça física e espiritual.
A grande verdade é que chega um momento na vida que você quer a sua casa cheia de plantas, e objetos que te façam se sentir confortável em seu próprio lar. E muita gente, bebidas e bagunça não combina muito com isso.

A grande verdade é que quando a gente sonha, somos uma pessoa, porem quando realizamos, já nos tornamos outra pessoa, completamente diferente daquela lá que sonhava lá trás, ainda mais se o sonho demora pra realizar, né?

Hoje a minha casa é sagrada e não é qualquer um que eu convido para entrar. Precisa de intimidade e boas energias.

É impressionante como as prioridades mudam, e de repente já não somos mais os mesmos. Isso pode acontecer num abrir e fechar de olhos, num virar de chave.

Temos uma percepção muito equivocada de quem a gente acha que vai ser um dia, de quem a gente acha que é.

Morar sozinho é muito legal pra entender quem você é.

E você tropeça nos seus próprios dilemas. E você começa a observar as suas falhas, pontos fracos e fortes de uma forma muito mais clara.

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