Redondanças: Planeta Nada (em Blackwood [10])

16/12/2016 10 min
Redondanças: Planeta Nada (em Blackwood [10])

Ouvir "Redondanças: Planeta Nada (em Blackwood [10])"

Sinopse do Episódio

REDONDANÇAS : PLANETA NADA
Vocais: Cláudia O'Connor
Preparação vocal: Luciana Lazulli
Guitarra em 15-EDO: Chris Vaisvil
Synths: Löis Lancaster

... e a viajante cinza
Parte em viagem na minha mente cinza.

A paisagem ainda indisposta,
A mesa não desperta
Vistas tomadas da neblina exposta
Escondendo a fumaça do próprio café

Mulher desconsolada, (pergunta a mente)
Aonde vais, ainda mais na tua estada?
"A caminho da vila, por vias de fato."

Em qualquer estado
Não é fácil ver separada
A mente e o íntimo
Dois estranhos no planeta Nada.


Assim que a frase termina
Marca à distância um ponto,
Eu confiro olhando em volta
Como de fato estou no mapa!

A surpresa é toda
De alguém a seu lado
Que flagra incrédula
A incrível mudança de paisagem

Corpos feitos de linhas,
Espaço aberto
De par em parágrafo
Pro abraço daquelas palavras
Maquiadas
No escuro do Planeta Nada.


E assim segue o estimulacro
De empolgante história
O desfile de carcaças sem cabeça
Contorcendo seu semblante,
Que horrendo, querendo dizer
Tudo que a carroça atropelou sem ver

Ainda bem que somos 20% cheiro
Pra essa imagem, num estudo grafada,
não ser um inteiro,
Não ser tudo no Planeta Nada.


Uma nômade sobrevive de pequenas e suaves
Primeiras impressões.

Quem aspirou sentir quem vem atrás
Vislumbra a redondança da viagem
- A vila nunca chega -
E só ouve em resposta

Um bosque de passagem
Que silencia, pois ainda não fora usado antes
É fundo pras figuras de fala
Que postam epístolas
Postulando o Planeta Nada.


Quem não é cativo
É fugitivo no Planeta Nada.

Mais episódios do podcast todoscontra