Trindade e necessidade: um argumento trinitário da necessidade e da contingência

10/07/2025 17 min

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Sinopse do Episódio

Trindade e necessidade: um argumento trinitário da necessidade e da contingência. Adaptado de William Hasker e Richard Swimburne.1. Deus é o ser metafisicamente necessário.2. Deus também é o ser maximamente grande (possui todas as perfeições possíveis em todos os mundos possíveis). 3. Deus é amor (Deus exemplifica a perfeição do amor em grau máximo). 4. Se Deus é amor, ele o é eterna e necessariamente (de 1 e 3).5. Só existe amor onde existe mais de uma pessoa. 6. Logo, há eterna e necessariamente mais de uma pessoa no ser de Deus (de 4 e 5).7. O amor mútuo de duas pessoas é grandemente intensificado pela partilha do amor por uma terceira pessoa (Ricardo de São Vítor).8. Assim, a presença de três pessoas em Deus exemplifica um estado de coisas mais excelente do que a de apenas duas.9. Logo, como Deus é necessário, é maximamente grande e é amor, Ele subsiste em, pelo menos, três pessoas (de 6 a 8).10. Mundos possíveis com mais pessoas divinas seriam melhores do que mundo possíveis com menos pessoas divinas. 11. Isso leva a uma série infinita de mundos cada vez melhores.12. Como a série não tem fim, não existe mundo que seja, no geral, melhor. 13. Uma pessoa boa poderia escolher qualquer mundo possível.14. Assim, a existência de qualquer pessoa divina acima da quarta (inclusive) é contingente, pois a atualização de qualquer mundo possível com este estado de coisas é facultativa.15. Mas, como Deus é necessário, não podem existir pessoas divinas em número superior a três (de 1 e 9 a 13).16. Logo, como Deus é o ser metafisicamente necessário, é maximamente grande, e é amor, então ele subsiste eterna e necessariamente em três pessoas (de 1, 2, 3 e 14). Adicionalmente, segundo Swinburne, a geração eterna do Filho e a processão eterna do Espírito são exigências da distinção essencial entre as pessoas da Trindade.