Ouvir "Literatura Infantil e o Politicamente Correto"
Sinopse do Episódio
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Hoje, dia 18 de abril, é o dia da Literatura Infantil em homenagem a Monteiro Lobato que nasceu nessa data em 1882, considerado o Pai da Literatura Infantil no Brasil. A lei que intitulou essa data é a 10.402 de 8 de janeiro de 2002. O que me surpreende é que se essa lei fosse proposta dois anos depois certamente não seria Monteiro Lobato o homenageado. Talvez, pelo contrário, Monteiro Lobato fosse usado como exemplo sobre o que não se poderia ter de inspiração. Digo isso pois foi em 2004 que Lula assinou e distribuiu a tão famosa mas já esquecida cartilha Politicamente Correto & Direitos Humanos, que é literalmente um dicionário de censura do que não se pode ser dito pois tudo que ali está supostamente causa desconforto a determinadas classes. Não, meus caros, a fonte de inspiração dos militantes não são perfis satíricos da internet que expõem a hipocrisia dos mesmos ao brincar dizendo que "A coisa está preta" na verdade pressupõe o aumento das dificuldades de determinada situação, traindo forte conotação racista contra os negros. A fonte disso tudo, pelo menos institucionalmente, veio da presidência da república em 2004.
O termo "politicamente correto" nasce no século XX com o filósofo francês Jacques Derrida (1930–2004), com seu conceito de "desconstrução" para supostamente "expor" as marcas de pré-conceitos dos autores. Seu mérito? Transformar as obras de Shakespeare em discursos "imperialistas", "racistas" e "machistas". O objetivo de Derrida era claro: afastar o estudo da literatura de seu objeto, poética e retórica, e rebaixá-lo a mero panfleto político-ideológico.
Quando discutimos a imposição da linguagem politicamente correta especificamente nos contos e cantigas infantis. A argumentação daqueles que defendem o desconstrutivismo é que devemos proteger as crianças. A base deste pensamento é Rousseau: o homem é bom por natureza e a sociedade o corrompe, portanto precisamos poupar as crianças de qualquer contato com o mundo dos adultos, nada de contato com a dor, com o sofrimento, com a raiva, com o mau, com o feio, com a maldade, nada de contato com os sentimentos naturais do ser humano que poderiam corromper o homem. Como há de se observar, essa justificativa é, para dizer o mínimo, ilógica, mas eu a considero irresponsável e, sinceramente, burra!
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