#01.06-EBD IPBSA - 20_07_2025

20/07/2025 1h 1min Temporada 1 Episodio 6
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Sinopse do Episódio

Primeira Coríntios 14. Nós adentramos esse capítulo na semana passada, mas é tanta coisa que Paulo ensina que é quase impossível nós passarmos por ele correndo sem nos atentarmos a todos os detalhes que ele procura trazer para que a igreja seja ensinada sobre aquilo que é o dom de línguas e o dom de profecias. A gente viu que Paulo ele orienta a igreja a seguir o amor, ele está sendo coerente com o capítulo 13. No capítulo 13 ele ensinou que aquilo que sustenta os ministérios, aquilo que sustenta os dons é o amor. Tudo que a gente faz, se não for recheado por amor, a gente faz em vão, a gente faz para nós mesmos, a gente faz sem critérios e sem propósitos. Então, o chamado de Paulo para o capítulo 13 é irmãos, quando vocês forem realizar a obra de Deus, façam isso banhados totalmente no amor, porque é ele quem vai permanecer. Nós amamos aqui e amaremos também na eternidade. Os dons passam, os ministérios terminam, tudo isso tem um fim, mas o amor permanece para sempre. Então, a partir disso, o capítulo 14 é Paulo orientando a igreja de Corinto quanto a esses dons de profecias e de línguas.Havia uma divisão dentro da comunidade coríntia, porque eles estavam acreditando que ter esses dons era sinal de espiritualidade, de mais fervor. Esses que detinham esses dons estavam se digladiando, porque eles diziam assim, eu tenho o dom de línguas, então eu estou numa posição melhor que você. Eu tenho o dom de profecia, então eu estou numa posição extremamente melhor do que a sua. E a igreja estava vivendo esse embate, onde ao invés de eles usarem o dom com propósitos para a glória de Deus e para edificação do corpo que é Cristo, eles estavam se dividindo por interesses pessoais e bastante mesquinhos. Por isso, Paulo começa o capítulo 14 dizendo, segui o amor, que o que vocês forem fazer seja feito com amor. E ele, então, a partir disso diz, e que vocês procurem com zelo os dons que Deus deu para vocês, que vocês tenham um anseio sincero por servir a Deus com dons e talentos, mas tudo isso subordinado ao amor. E ele vai, então, dizer que devemos, então, procurar principalmente o dom de profecia, o dom de profetizar. A gente já entendeu que o dom de profetizar não é aquele dom que é visto por vezes em igrejas pentecostais e neopentecostais, onde pessoas se levantam no meio do culto e elas começam a dizer alguma coisa que Deus pretensamente disse. E eles, então, eles aparecem nesse contexto dando novas previsões, dando novas adivinhações, dando palavras novas dizendo Deus está falando.O dom de profetizar não é esse. O dom de profetizar bíblico é aquele dom onde você abre a Bíblia e você entende, você explica e você aplica a Bíblia para a vida das pessoas. Esse é o dons de futuro que Deus está mandando.Deus não precisa, irmãos, dar novas previsões. Deus não precisa dar novas palavras, porque tudo o que nós precisamos já está registrado na Escritura. Tudo o que nós precisamos saber sobre vida, sobre salvação, sobre devoção, tudo o que nós precisamos saber sobre caminhada com Jesus, a Bíblia já fala sobre esses temas.A Bíblia já ensina, a Bíblia já dá para nós as verdades que são necessárias para a nossa vida e para o nosso crescimento. Então, nós precisamos de profecias novas? Não, até porque não existem mais profecias novas, porque tudo que for dado já é o bastante e o suficiente. Deus não faz mais novas revelações, Deus não faz, porque tudo nós já temos muito bem escritos na Palavra.Depois a gente viu a que se refere esse dom de línguas e a gente entendeu que nós precisamos ser coerente com a Bíblia toda. Não adianta eu pegar um texto isolado e, a partir desse texto isolado, fazer uma doutrina. A gente precisa entender que o mesmo dom de línguas a que Paulo se refere em 1 Coríntios 14 é aquilo que aconteceu em Atos 2. Atos 2, Pentecostes, Deus deu dons de línguas, mas que línguas eram aquelas faladas em Pentecostes? Idiomas.Eram idiomas conhecidos, porque o texto de Atos 2 vai dizer para nós que havia ali, entre os que estavam presentes, gente de várias regiões do mundo. E eles mesmos disseram, como eles, sendo judeus, estão falando numa língua onde eu consigo entender? Eles nunca aprenderam os nossos idiomas, mas eles estão falando das grandezas de Deus e a gente está entendendo. Então, as línguas faladas em Pentecostes eram idiomas, eram línguas que eram conhecidas.E aqui, em 1 Coríntios 14, quando Paulo vai falar dessas línguas também, ele está falando de idiomas conhecidos, que Deus pode dar para quem Ele quiser, de maneira sobrenatural, para que o evangelho seja pregado, seja propagado e avance o reino de Deus. Mas não estamos falando de línguas angelicais, não estamos falando de línguas estranhas, pelo contrário, estamos falando de línguas que podem ser compreendidas por quem sabe aquele idioma. E é interessante, irmãos, as pessoas às vezes chamam esses dons de línguas como sendo línguas de anjos, mas toda vez que um anjo aparecia, mandado por Deus, para dar uma mensagem, um recado para alguém, ele sempre falava no idioma que aquela pessoa entendia.Você não vê em nenhum relato bíblico um anjo aparecendo com uma informação que a pessoa olhava e falava assim, Oi, o que você está falando? Não estou entendendo. Vamos lembrar quando o anjo chegou para dar notícia para Maria de que ela ficaria grávida. O anjo não chegou falando para ela naqueles idiomas que a gente ouve eles falando por aí.O anjo chegou falando no dialeto que Maria entendeu. O anjo chegou para Zacarias para falar do nascimento de João Batista num dialeto que ele compreendeu. O anjo falava com João na ilha de Pátimos para que ele escrevesse o Apocalipse numa linguagem que ele pudesse compreender.Então, essa ideia que existe de uma língua de anjos, ela não faz sentido, porque os anjos falam na língua que os homens entendem. Na língua que os homens falam. Porque se ele falar de um jeito que a gente não entende, não tem comunicação.Porque a comunicação acontece a partir de algo que você fala e eu entendo. A partir de algo que nós aqui falamos numa mesma linguagem e então nós nos tornamos compreensíveis. Não é assim que funciona uma comunicação saudável? Eu falo e você me entende.Agora, se eu começo a conversar com você numa outra língua, num outro idioma, ou até mesmo digo que é um idioma angelical, não tem diálogo. Não funciona, porque não há compreensão. Então, a Bíblia, ela é coerente.A mesma língua que foi usada em Atos 2, é a mesma língua que Paulo se refere, idiomas conhecidos. Deus pode capacitar pessoas para pregar o Evangelho num idioma que ela nunca conheceu para que possa alcançar alguém? Deus pode se Ele quiser. Se Ele quiser, Ele pode.De repente, entra alguém, quem somos nós para dizer, não, Deus não pode fazer isso mais, isso aí já não existe, isso aí acabou, isso foi para o tempo apostólico. Não, Deus pode. Se Ele quiser fazer, Ele pode.Então, nós precisamos entender aquilo que a Bíblia, de fato, está querendo fazer. E a gente viu que o falar em línguas, ele é uma edificação pessoal. Ele não edifica a igreja, porque o que edifica a igreja? É a igreja entender o que está acontecendo.Em Romanos 12, Paulo vai dizer que o nosso culto é um culto racional. O nosso culto é um culto inteligente. O culto que nós prestamos a Deus é um culto onde Deus é adorado, onde a igreja é edificada e onde tudo que acontece aqui é possível ser compreendido.Você vem, ouve a leitura da Bíblia na linguagem que você compreende, você ouve a exposição da palavra numa língua que você entende, as músicas que nós cantamos. É dentro de uma linguagem onde você seja capaz de cantar junto e entender o que está acontecendo. Isso é um culto racional.Agora, um culto onde nós forçamos a barra, onde nós ficamos cheios de misticismos, onde nós ficamos cheios de bagunça, de gritaria, de correria, isso não é um culto racional a que Paulo se refere em Romanos capítulo 12. O que nós precisamos fazer, o culto, irmãos, e Paulo vai ensinar isso no último versículo do capítulo 14, é que tudo o que a gente faz, a gente deve fazer com decência e com ordem. Esse é o culto que agrada a Deus.Esse é o culto que Deus procura. Deus não está preocupado com as nossas inovações. Deus não se agrada mais do culto que se torna espetacular para os homens.Não é isso que Deus quer. Não é isso que torna o culto mais espiritual. Não é isso que torna o culto mais relevante.O que Deus quer é um culto onde ele seja glorificado, onde a palavra dele seja lida, seja cantada, seja explicada, seja comunicada, e a igreja entenda e adore ao Senhor por intermédio da sua palavra. Esse é o culto que agrada a Deus. Agora os homens estão mais preocupados em fazer um culto que agrade homens.Estão mais preocupados em fazer um culto onde as pessoas participantes se sintam agradadas. E, na verdade, Deus está do lado de fora. Deus não está participando desse culto, porque ele não é o alvo do culto.Mas sim o gosto e as preferências das pessoas. E aí a gente lembra daquele texto de Apocalipse, onde diz assim, Eis que estou à porta e bato. A gente usa esse texto para evangelismo.Olha, Deus está batendo na porta do seu coração. Abra o seu coração para ele entrar, irmãos. Deus não fica batendo na porta do coração de ninguém.Porque quando ele quer entrar, ele entra. Ele não fica esperando você dar permissão para ele entrar. Deus não é alguém que fica parado esperando você tomar a decisão dele entrar.Não é assim que funciona. Deus, quando ele quer fazer a obra, ele entra. Ele faz.Ele realiza. Ele não depende do nosso tempo. Então, quando o texto diz, Eis que estou à porta e abro, ele está falando para uma igreja que está totalmente imersa nos seus desejos e propósitos.É uma igreja que está servindo a si mesma. E ele está falando assim, vocês estão cultuando, mas eu não estou lá. Eu não estou lá dentro.Vocês estão cultuando, mas eu não estou faz