Bastou uma velha guitarra, com uma só corda, para o Francisco Rebelo perceber que aquele era o caminho. Quando a oportunidade surgiu, lá conseguiu convencer o pai a comprar-lhe um baixo em vez da mota que tinha pedido – ficámos todos a ganhar com a troca! - e o resto é a história que já conhecemos e que tivemos a oportunidade de revistar no sábado passado. O Francisco contou-nos como de músico autodidata passou a um verdadeiro “gear freak” e como todas as experiências, pessoas e discos com os quais se foi cruzando ao longo da vida lhe “abriram a cabeça” para explorar diferentes sonoridades e estéticas. E o resultado nota-se na diversidade de projetos em que o vemos envolvido, do rock ao hip-hop, da pop ao funaná, do funk ao jazz e por aí fora. Como não podia deixar de ser, também as quatro canções que escolheu para acompanhar a nossa conversa na Casa do Comum ilustram bem esta pluralidade de estilos que gosta de ouvir e tocar – é esta afinal “a nossa riqueza”, não hesita em dizer.Playlist:“no fun/party”, Kara Jackson“Segue o Seco”, Marisa Monte“Movements”, Roots Manuva“As Contas de Deus”, José Mário Branco

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