ME – Máscaras Sociais

12/02/2024 15 min Temporada 4 Episodio 7

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Sinopse do Episódio

Neste programa vamos falar de máscaras sociais, ou seja, das diferentes personalidades que adotamos ao longo do dia consoante as circunstâncias e que nos ajudam a adaptar melhor. 
Mas... será sempre fácil e benéfico? 
Erving Goffman, foi um sociólogo canadense que em 1959 escreveu o livro A representação do Eu na vida cotidiana, em que relaciona a vida social com um palco onde se encenam vários papéis sociais, como por exemplo, o papel de mãe que tem um comportamento e um tom de voz diferente do da profissional executiva, professora, caixa...
Também Carl Jung, pai da psicologia analítica, em 1934, mais de 20 anos antes dos estudos que falaste Inês, desenvolveu o conceito de Persona, ou Personas, no seu livro Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. As Personas criam-se na nossa mente tanto de forma consciente como inconsciente, com vista a adaptarmo-nos com sucesso a um determinado meio ou contexto.
O termo Persona deriva do latim e referia-se às máscaras usadas pelos atores nas peças teatrais. Isto quando os personagens eram diferenciados por máscaras específicas.
O ser humano é movido pela necessidade de ser aceite socialmente e por uma certa necessidade de segurança. Por isso, as máscaras sociais também podem ser uma camuflagem! De uma maneira ou de outra parece-me que há aqui alguns perigos para os quais precisamos estar atentas.
Carl Jung alertava para o facto de algumas destas Personas começarem a dominar sobre as restantes interações sociais. Aí geramos um desequilíbrio, como por exemplo, quando a mulher executiva chega a casa e não consegue despir esse papel para abraçar o papel de mulher mãe ou mulher esposa, e vive a dar diretrizes, estabelecer métodos, prazos e ordens a todos em casa, da mesma forma que faz no trabalho.
As máscaras não só servem para nos adaptarmos, mas servem também para esconder o que está por detrás... 
Mas como é que percebemos que estamos a passar dos limites? Que já não se trata de uma normal adaptação, mas que estamos a perder a nossa identidade?
“Cada um examine os seus próprios atos, e então poderá orgulhar-se de si mesmo, sem se comparar com ninguém; pois cada um deverá levar a própria carga”. 
Isto são palavras do apóstolo Paulo na sua carta aos Gálatas. Viram como reforça a importância de não nos compararmos? Cada um tem o seu caminho... As suas características... A sua missão! 
É tão bom saber que mesmo aquelas características que eu não gosto muito em mim, com Jesus eu posso superá-las e tornar-me numa nova criatura! E nova sem perder a minha essência. Nova e mais próxima da minha verdadeira identidade, porque essa só Deus conhece. Foi Ele que me criou! 
“Se alguém está em Cristo nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (II Coríntios 5:17)
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♥️ Esperança para as mulheres de todo o mundo e através das gerações. Encontra esperança hoje!
Produção: RTM, a Rádio de Portugal