Sabias que as relações conjugais podem ter muitos benefícios para a saúde psicológica e o bem-estar das pessoas – quando funcionam bem e existe companheirismo, entreajuda, afeto e empatia. No entanto, o casamento também pode ser uma fonte de insatisfação, medo e stresse. Em particular, quando de vive com parceiros abusivos, violentos e emocionalmente instáveis.
Este é o último episódio de mais uma série que nos fez pensar, avaliar e refletir sobre tantos aspetos importantes acerca do divórcio. E hoje vamos falar de “um novo relacionamento após o divórcio”.
Ao contrário do que a sociedade nos quer passar ao “romantizar” o processo do divórcio, acreditamos que é algo doloroso, difícil e que requer uma adaptação a uma nova realidade, principalmente em situações de relacionamentos de muito anos. Acreditamos também que questões como a indiferença, a intolerância e a irrelevância espiritual, temas que falamos na nossa última série e que afetam a nossa sociedade pós-moderna, faz com que rapidamente se desista de um relacionamento.
Iniciar um novo relacionamento após um divórcio é algo sério. Um rompimento não é apenas um rompimento entre duas pessoas, há um rompimento de uma realidade de anos, de práticas que que estavam encarriladas e que funcionavam sem que nos esforçássemos. E de repente estamos diante de uma realidade completamente nova. Cada caso é um caso e o fim do casamento pode acontecer por diferentes motivos e com muitos sentimentos envolvidos. Porque uma relação, por mais difícil que seja, tem ligações muito fortes que não se podem deitar fora como a aliança no dedo ou a roupa no armário. Por isso é importante dar tempo, para recuperar das dores e te reencontrares na nova vida que virá. Muitas vezes na ânsia de encontrar alguém para substituir o ex-marido, podes magoar-te ainda mais e ferir os sentimentos do outro. Neste sentido achámos importante trazer-te algumas questões para refletires antes de entrares num novo relacionamento.
Cada dor que sofremos traz consigo lições para aprender e esta não foge à regra. Se prestares atenção aprenderás coisas sobre ti própria e sobre a tua contribuição para a dificuldade. Não caias na tentação de fechar o teu coração para o futuro. Cada vez que arriscamos amar, arriscamos sofrer, não há garantias para a nossa vida, mas não é saudável ficar numa atitude cética e dura para com o amor. Por outro lado, não te atires para uma relação por causa da tua dor e insegurança. Podemos garantir que não resulta, nestas condições.
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Produção: RTM, a Rádio de Portugal

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