Felipe Salto, hoje a principal referência em matéria de contas públicas no país — insuspeito de alinhamento automático com o governo ou de flertar com heterodoxias contábeis —, afirma que o Brasil está reagindo, até agora, com responsabilidade e prudência às medidas de Donald Trump. Diz: “O lado bom nessa história toda é o reposicionamento de forças econômicas no mundo, o que, para nós, pode ser positivo porque temos uma pauta de exportação diversificada”. E prega abertura de novas frentes. Salto explica, retomando afirmação do presidente do FED, que os EUA, por sua vez, ainda correm o risco de somar estagnação com inflação. Quando vê os números da nossa economia, ele não tem dúvida em classificar os gastos tributários como uma das maiores vergonhas que temos no país. A outra são as emendas parlamentares, na forma como existem hoje. O nosso entrevistado é economista-chefe da Warren Investimentos, mas está muito longe de ser uma caricatura “duzmercáduz”, aquele ente que costuma errar todas as previsões, mas que têm a ambição de impor as soluções e até de eleger presidentes com antecedência. Imperdível.

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