Com a segunda maior reserva de água subterrânea do Ceará e significativos incentivos públicos para o agronegócio, a Chapada do Apodi é um território que vem atraindo grandes empresas de monocultivo. Mas esse destaque dado ao potencial econômico do agronegócio na região geralmente encobre uma série de impactos à vida e à produção de agricultores familiares historicamente presentes no território.  Mais recentemente, uma empresa de cultivo de algodão instalou suas fazendas em cerca de 24 mil hectares na Chapada, entre os municípios de Tabuleiro do Norte e Limoeiro do Norte. O desmatamento intenso da mata nativa, a especulação fundiária e a prioridade no acesso à água são alguns dos problemas que o empreendimento vem causando para as comunidades ao redor. Esta edição do Rádio Debate ouve diferentes atores que têm denunciado os impactos do agronegócio na Chapada do Apodi. Participam do programa: - Anjerliana Souza, agente da Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, organização que atua na defesa dos direitos humanos, segurança alimentar e desenvolvimento sustentável solidário; - Vânia Viana, moradora da comunidade Sítio Ferreira, no município de Tabuleiro do Norte, e integrante da Comissão em Defesa da Chapada; e - Leandro Cavalcante, doutor em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ele pesquisa a expansão e os impactos do agronegócio na Chapada do Apodi.  Foto da capa: Helene Santos/Governo do Estado do Ceará

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