Hoje eu venho aqui fazer algumas reflexões sobre os perigos das generalizações.
A generalização acontece quando a gente decide acreditar que uma parte é o todo. A partir do resultado de uma experiência em particular, nossa mente decide acreditar que toda experiência semelhante poderá apresentar o mesmo resultado.
A maioria das generalizações são feitas através dos “Quantificadores Universais”.
Quantificadores universais: são situações que podem ter ocorrido uma, duas ou três vezes e a gente generaliza como se ocorresse sempre ou nunca. Os quantificadores universais são normalmente palavras como: tudo, nunca, sempre, todos, ninguém...

Eu vou deixar aqui alguns exemplos de generalização. Perceba como estas frases são generalizadas: “Minha mãe nunca me ouve”. “Fulano sempre está atrasado”. “Todos homens são iguais”. “Ninguém me entende”.

Em todas estas afirmações está o princípio da generalização. Quem diz, acredita ou quer acreditar, que não existe exceção a esta regra mesmo que tal fato não tenha nenhum dado objetivo que comprove. Por exemplo... Quem diz que todos os homens são iguais está colocando no mesmo pacote o próprio pai, o filho, o avô, o papa Francisco, Mahatma Gandhi, Jesus Cristo e tantos outros homens que são diferentes e fizeram a diferença.

É bem interessante se permitir o contraditório antes de usarmos as palavras: tudo, nunca, sempre, todos, ninguém e tantas outras palavras que constroem generalizações que nos impedem de ter uma percepção mais ampla da realidade.

Eu trouxe esta reflexão hoje porque ontem me deparei com uma reação muito generalista de uma parte dos meus seguidores no Facebook.

Eu sou um capixaba que torce pelos capixabas e tenho orgulho de ver gente da minha terra brilhando no mundo. Por isso decidi fazer uma postagem convidando meus seguidores capixabas a votarem no Jeremias Reis na eliminatória do The Voice Kids. Vários seguidores entraram na campanha, no entanto alguns disseram que não apoiariam o Jeremias por ele estar na TV Globo e que a TV Globo é um lixo.

Eu não trabalho na Globo e atualmente até trabalho para uma emissora concorrente, e isso me deixa ainda mais a vontade pra dizer que eu creio que esta seja também uma generalização. Eu penso que uma emissora que produz 24 horas de programação 7 dias por semana deve ter algum produto que não seja lixo.
Boa parte das pessoas que em minha postagem chamavam a TV Globo de lixo quando perguntadas a razão de classificarem desta maneira a programação diziam que não gostavam da Globo por causa da linha editorial do jornalismo, e por discordarem do jornalismo decidiram chamar de lixo todos os produtos gerados por ela.
Eu creio que muitas das pessoas que já se permitiram assistir a uma edição do The Voice Kids puderam viver uma experiência de muita emoção e encantamento. No mesmo dia em que o Jeremias Reis brilhou passou por mais uma eliminatória o Faustão mostrou em seu programa Alceu Valença dando um belíssimo show de Cultura Popular e finalizou seu domingão com Peppino di Capri resgatando ao vivo o melhor da música italiana. Quem prefere repetir que a Globo é um lixo por discordar de sua linha editorial acaba deixando de ter contato com os outros produtos que podem emocionar, fazer sorrir, fazer pensar ou até mesmo discordar. Mas antes de tudo permite enxergar além da generalização.

A pergunta que eu deixo hoje pra você é: Será que você repete pra você e para os outros algum tipo de generalização? Pense nisso...

Esta foi a dica de hoje. Se você acredita que mais alguém precisava ouvir isso, compartilhe esta mensagem. Se quiser conhecer mais dicas, procure no YouTube o Canal Precisava Ouvir Isso.
Forte abraço e até... até a sua vitória.

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