A marca que as chineladas deixaram em sua mente - Episódio 258 – Fabio Flores

20/05/2019 4 min

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Sinopse do Episódio

Olá. Eu sou o Professor Fabio Flores e este é o quadro Precisava Ouvir Isso.
Hoje eu venho aqui trazer um assunto que pode ser polêmico.
Mas a intenção não é polemizar e sim provocar a criação de um novo significado para uma programação mental que nos acorrenta a dor e ao sofrimento.
A questão é a seguinte: Nossos pais muitas vezes pra fazer com que tudo ficasse bem nos faziam sentir um mal.
Nosso modelo de educação é há séculos baseado nos castigos físicos como maneira de adequar comportamentos. Nossos pais apanharam dos nossos avós, nossos avós apanharam dos nossos bisavós, nossos bisavós apanharam nossos tataravós e assim sempre foi. A tradição foi passada como várias outras sem questionamento e nós passamos a considerar ser normal agredir uma criança como meio de transformá-la em um adulto melhor.
Nossa mente funciona por associações. Ela associa significados emocionais as experiências. Uma vez que o significado é criado passamos a ter uma resposta padrão para outras situações semelhantes. Vou dar um exemplo... uma criança que é mordida por um cachorro na infância pode ficar traumatizada e associar a dor desta experiência a todos os outros cachorros. O comportamento padrão ficou sendo manter distância dos cachorros. O cachorro também vira um gatilho emocional pra esta pessoa. Estar perto de um cachorro pode trazer a tona toda carga emocional da experiência traumática.
E por eu estou te contando isso? Eu decidi trazer este tema hoje pra você pensar sobre qual foi o comportamento padrão que a dor das chineladas pode ter deixado em você. Existe um risco muito grande de associarmos a dor ao merecimento. Associarmos a dor a quem quer nos fazer bem. Neste sentido nos acorrentamos a relações tóxicas. Nos permitimos conviver com quem nos causa dor por termos associado em nossa infância que quem nos causou dor nos ama profundamente. Desta maneira causar dor pode ter sido associado a uma maneira de expressar o amor.
Caso este seja o seu caso talvez seja interessante ressignificar esta leitura dos episódios em que você apanhou de seus pais. Avaliar que a tradição de educar por castigo foi um hábito herdado por um ciclo de gerações e aceito sem questionamento. Que embora nossos pais tivessem tido a mais genuína intenção de nos proteger de dores maiores ainda na vida... poderia ter tido outros meios e formas de obter o resultado. Que na vida adulta podemos experimentar o crescimento por outros meios que não sejam exclusivamente pela dor. Esta mudança de perspectiva pode nos auxiliar a avaliar melhor as prisões emocionais que muitas vezes nos colocamos. Pense nisso...
Esta foi a dica de hoje. Se você acredita que mais alguém precisava ouvir isso, compartilhe esta mensagem. Se quiser conhecer mais dicas, procure no YouTube o Canal Precisava Ouvir Isso.
Forte abraço e até... até a sua vitória.

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