PodDoutor #131 - Isabella Amarante

18/12/2023 59 min Temporada 1 Episodio 130

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Sinopse do Episódio


Saiba tudo sobre com a Isabella Amarante

Nome: Isabella Chypriades Junqueira Amarante
Especialidade: Estudante do 6º ano de medicina pela FCMSCSP, integrante do NUDHES (Núcleo de Pesquisa em Direitos Humanos e Saúde da população LGBT+)
Instagram: isa_amarante99
Site: nudhes.com
E-mail/telefone para contato: [email protected]

PodDoutor Podcast:   / poddoutor.p.  .
Dr.Sidney:   / drsidneyjr  
Moyses Rodrigues:   / moyses.podd.  .

Adendos Dra. Isabella Amarante:

1. Na explicação sobre identidade de gênero, falo que a pessoa se identifica no sexo masculino/feminino, quis dizer, que a pessoa se identifica no gênero masculino/feminino. É importante essa diferenciação, pois enquanto sexo é uma característica biológica, gênero é uma construção social cujos padrões variam com o tempo, local e cultura.
2. Orientação sexual: não falei sobre pessoas assexuais, que é também um espectro com diversas nuances, mas que, de maneira simplista, são pessoas que podem não sentir atração sexual por nenhum gênero.
3. Quanto à simulação de atendimento envolvendo uma atriz trans, é importante ressaltar que se tratava de uma encenação de uma situação de violência muito comum. Havia um roteiro previamente combinado com a atriz, que foi trazido para abrir-se a discussão da importância do respeito às diferenças e, mais do que isso, de buscar ativamente por conhecer outras realidades.
4. Procedimentos de afirmação de gênero: vale ressaltar que não são exclusivos para pessoas trans, qualquer pessoa pode realiza-los. Por exemplo, a depilação é um procedimento de afirmação de gênero, uma vez que, na nossa sociedade, é culturalmente aceito que mulheres não tenham pelos.
5. Hormonização: quis dizer que não existe um valor mínimo, o objetivo é atingir a mínima dose possível para se ter o efeito desejado, sem ultrapassar os limites fisiológicos do gênero com que a pessoa se identifica. Além disso, a hormonização pode ser prescrita por um profissional habilitado para tal a uma pessoa maior de 18 anos que assim deseje e não tenha nenhuma contraindicação clínica (não é necessário consulta com endocrinologista, a não ser que haja indicação desse encaminhamento).
6. Transformações corporais cirúrgicas: segundo o protocolo da prefeitura de SP de 2020, podem ser feitas pelo SUS por pessoas maiores de 21 anos após um tempo mínimo de 2 anos de acompanhamento multiprofissional; segundo o CFM, podem ser feitas por pessoas maiores de 18 anos após um tempo mínimo de 1 ano de acompanhamento multiprofissional.
7. Bloqueio puberal: importante ressaltar que o bloqueio puberal com análogo de GnRH só é feito a partir do início da puberdade. Antes dessa fase, só é feito apenas o acolhimento psicológico da criança e da família.

Referências:

Protocolo de atendimento a pessoas trans da prefeitura de São Paulo, 2020
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cida...

Livro de apoio:
Ciasca SV, Hercowitz A, Lopes Junior A. Saúde LGBTQIA + : Práticas de Cuidado Transdisciplinar. Manole: Santana de Parnaíba, SP; 2021

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