Talvez você ainda não tenha ouvido falar no assunto, ele realmente não ganhou tanta visibilidade em meio a inúmeras polêmicas sobre covid-19, vacinas, crise econômica, eleições no Congresso… Mas o Brasil foi vítima de um dos maiores vazamentos de dados de que se tem notícia no mundo.
No final de janeiro, veio à tona a informação de que 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs, 104 milhões de registros de veículos, além de nome completo, idade, nomes de familiares, endereços, telefones, salário, histórico do imposto de renda e do fundo de garantia, score de crédito e mais algumas dezenas de categorias de dados dos brasileiros estavam à venda na internet.
A ação hacker foi descoberta pela startup de cibersegurança PSafe e disparou um sinal vermelho nas autoridades responsáveis, principalmente depois que se identificou que entre os atingidos, o que é quase todo mundo, estavam ministros do Supremo Tribunal Federal, parlamentares e até o presidente da República.
O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, acompanhado pelo Ministério da Justiça e pela Agência Nacional de Proteção de Dados, mas ainda não há detalhes precisos, apenas suspeitas, sobre de onde o material foi roubado.
Tem bastante matéria de jornal e revista, podcasts e vídeos explicando e discutindo a gravidade do caso e suas consequências, então eu resolvi fazer algumas perguntas-chave pra dois especialistas no tema , pra que você entenda a gravidade, que a coisa é realmente séria, se é que você já não entendeu.
Eu bati um papo com a Mariana Landim, que é advogada e consultora em Proteção de Dados, e também com o Marco Antônio Araújo Jr, especialista em Direito Digital e do Consumidor e sócio da escola digital Meu Curso.

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