No Brasil, 18,6 milhões de pessoas convivem com algum tipo de deficiência, de acordo com o IBGE. Isso significa que 9 em cada 100 brasileiros enfrentam desafios diários em uma sociedade muitas vezes marcada pelo capacitismo e pela exclusão. A discriminação é proibida pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/ 2015) e pela própria Constituição Federal: é proibido restringir e/ou excluir uma pessoa de forma a prejudicar, impedir ou anular seus direitos e liberdades fundamentais. Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiênciaa, o Opinião se dedica a discutir se esses cidadãos têm tido seus direitos verdadeiramente respeitados. Vamos destacar a importância de pessoas e instituições que estão na linha de frente dessa batalha contra o preconceito, desde organizações renomadas até influenciadores digitais PcDs. Para aprofundar o tema, recebemos Marcelo Panico, Advocacy na Fundação Dorina Nowill para Cegos, e a influenciadora digital Lelê Martins. Conversamos, também, com a advogada Daniela Coelho, mãe de um menino autista grau 3 de suporte. Ela é representante da Hidden Disabilities Sunflower, entidade que deu visibilidade ao cordão de girassol, símbolo utilizado para identificar e auxiliar pessoas com deficiências ocultas, como autismo, surdez, demência, esquizofrenia e epilepsia, entre outras. Em junho de 2023, foi sancionada pelo governo federal a lei que formaliza o uso desse acessório como símbolo de identificação das pessoas com esses deficiências que não são facilmente visualizadas e reconhecidas.

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