Ouvir "Sociedade em Foco #249: Desigualdade histórica e persistente no Brasil"
Sinopse do Episódio
Para José Luiz Portella, pós-doutor em História Econômica pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, a desigualdade é o maior problema do Brasil e se mantém desde o período colonial. “Ela vem se robustecendo desde 1500, criando um sistema que mantém a desigualdade permanentemente”, explica.
Pesquisa da Fundação Itaú mostra que 77% da população vê a desigualdade como marca do País, associando-a à corrupção e à falta de políticas públicas eficazes. Portella reconhece que a corrupção agrava o problema, mas ressalta que o maior peso vem de políticas mal desenhadas, muitas vezes compensatórias, que acabam alcançando quem não está em situação de pobreza extrema.
Para o especialista, o foco deveria estar na extrema pobreza e na pobreza aguda, grupos mais vulneráveis e próximos do colapso social. Ele critica medidas como a tarifa zero no transporte público, que beneficiam inclusive quem poderia pagar, e defende alternativas como o imposto de renda negativo — um rendimento mínimo garantido, ajustado por idade e condições de trabalho.
Portela destaca que o Brasil, entre as dez maiores economias do mundo, teria condições de oferecer melhor qualidade de vida se enfrentasse a desigualdade de forma estrutural. “A corrupção acaba revoltando as pessoas, mas a falta de políticas públicas dá um peso maior à desigualdade, e as políticas públicas, principalmente, que são feitas, mas não dão um retorno, não têm a eficiência e eficácia prometidas para a sociedade. São, então, políticas públicas que enganam a população, a sociedade como um todo, no combate à desigualdade."
Pesquisa da Fundação Itaú mostra que 77% da população vê a desigualdade como marca do País, associando-a à corrupção e à falta de políticas públicas eficazes. Portella reconhece que a corrupção agrava o problema, mas ressalta que o maior peso vem de políticas mal desenhadas, muitas vezes compensatórias, que acabam alcançando quem não está em situação de pobreza extrema.
Para o especialista, o foco deveria estar na extrema pobreza e na pobreza aguda, grupos mais vulneráveis e próximos do colapso social. Ele critica medidas como a tarifa zero no transporte público, que beneficiam inclusive quem poderia pagar, e defende alternativas como o imposto de renda negativo — um rendimento mínimo garantido, ajustado por idade e condições de trabalho.
Portela destaca que o Brasil, entre as dez maiores economias do mundo, teria condições de oferecer melhor qualidade de vida se enfrentasse a desigualdade de forma estrutural. “A corrupção acaba revoltando as pessoas, mas a falta de políticas públicas dá um peso maior à desigualdade, e as políticas públicas, principalmente, que são feitas, mas não dão um retorno, não têm a eficiência e eficácia prometidas para a sociedade. São, então, políticas públicas que enganam a população, a sociedade como um todo, no combate à desigualdade."
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