Ouvir "Ultrassonografia pulmonar"
Sinopse do Episódio
Bom dia, boa tarde, boa noite! Essa é mais um pílula do Medicina do Conhecimento. Ciência e informação a qualquer momento, em todo lugar. Eu sou Pablo Gusman, o Anestesiador. E como compartilhar é multiplicar segue dica rápida para aprimorar seu conhecimento.
Durante muito tempo a ultrassonografia torácica não teve importância na avaliação das patologias pulmonares à beira do leito. Entretanto o estudo e a classificação de determinados padrões de imagens obtidos por ultrassom pulmonar permitiram que esse exame se tornasse uma opção diagnóstica e de monitorização eficientes.
Com a aquisição de aparelhos de ultrassonografia cada vez mais portáteis disponíveis para bloqueios regionais, o anestesiologistas tem em suas mãos uma excelente ferramenta para diagnóstico.
Todas as principais emergências pulmonares podem ser diagnosticadas por sinais bastante específicos detectados à ultrassonografia pulmonar. A integração desses sinais em um algoritmo diagnóstico guiado pela ultrassonografia foi sugerido pelo colega Daniel Lichtenstein. Como descrito, as linhas A são artefatos produzidos por reverberação das ondas ultrassônicas ocasionados pela interação entre a superfície pleural e o ar existente nos alvéolos. Como o probe processa a profundidade da imagem de acordo com o tempo em que a onda ultrassônica leva para regressar ao transdutor, o que se produz são diversas imagens horizontais repetidas e imóveis que vão ter a mesma distância uma das outras. O deslizamento pulmonar corresponde à imagem dinâmica do deslizamento entre as 2 pleuras e também é associado à normalidade. Sua presença afasta pneumotórax no ponto onde o transdutor está sendo colocado. Ausência de deslizamento pode indicar que falta justaposição entre as pleuras como no pneumotórax ou derrame pleural ou que as 2 superfícies não conseguem deslizar uma sobre a outra por inflamação ou fibrose. Algumas imagens com as linhas B são artefatos produzidos pelo espessamento dos septos interlobulares produzindo uma imagem bastante distinta tanto pela presença de líquido quanto fibrose subpleural, comuns nos edemas pulmonares hemodinâmicos e inflamatórios. Quando 3 ou mais linhas B são visualizadas em um mesmo espaço intercostal, isso é indicativo de patologia, chamadas de rastro de foguete ou cauda de cometa.
A utilização da ultrassonografia para o diagnóstico e quantificação dos derrames pleurais é sugerido há muito tempo. A grande vantagem dessa técnica é de poder demonstrar pequenas quantidades de fluido inclusive até 3 ML os quais são indetectáveis pela radiografia convencional que só consegue diagnosticar efusões acima de 50 ML. Além dessa vantagem podemos diferenciar com facilidade o líquido do espessamento pleural que serve para definir o melhor local para toracocentese.
Mesmo que ainda tenhamos divergência na nomenclatura, a ultrassonografia pulmonar se coloca como método rápido e fácil à beira do leito, além da possibilidade de integração do exame pulmonar à ecocardiografia, multiplicando suas aplicações e melhorando sua sensibilidade e especificidade. Mãos a obra! Pegue o probe linear ou curvilíneo com pelo menos 5 Mhz e já comece identificando as imagens mais simples e o deslizamento pulmonar! Procure por cursos de aprimoramento voltados a colocar a técnica como extensão do seu exame clínico e torne-se um profissional ainda mais completo e resolutivo.
Ative a notificação para ser informado quando um novo podcast for publicado e a qualquer momento e em todo lugar, escute a rádioweb no www.medicinaconhecimento.com.br
Durante muito tempo a ultrassonografia torácica não teve importância na avaliação das patologias pulmonares à beira do leito. Entretanto o estudo e a classificação de determinados padrões de imagens obtidos por ultrassom pulmonar permitiram que esse exame se tornasse uma opção diagnóstica e de monitorização eficientes.
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Todas as principais emergências pulmonares podem ser diagnosticadas por sinais bastante específicos detectados à ultrassonografia pulmonar. A integração desses sinais em um algoritmo diagnóstico guiado pela ultrassonografia foi sugerido pelo colega Daniel Lichtenstein. Como descrito, as linhas A são artefatos produzidos por reverberação das ondas ultrassônicas ocasionados pela interação entre a superfície pleural e o ar existente nos alvéolos. Como o probe processa a profundidade da imagem de acordo com o tempo em que a onda ultrassônica leva para regressar ao transdutor, o que se produz são diversas imagens horizontais repetidas e imóveis que vão ter a mesma distância uma das outras. O deslizamento pulmonar corresponde à imagem dinâmica do deslizamento entre as 2 pleuras e também é associado à normalidade. Sua presença afasta pneumotórax no ponto onde o transdutor está sendo colocado. Ausência de deslizamento pode indicar que falta justaposição entre as pleuras como no pneumotórax ou derrame pleural ou que as 2 superfícies não conseguem deslizar uma sobre a outra por inflamação ou fibrose. Algumas imagens com as linhas B são artefatos produzidos pelo espessamento dos septos interlobulares produzindo uma imagem bastante distinta tanto pela presença de líquido quanto fibrose subpleural, comuns nos edemas pulmonares hemodinâmicos e inflamatórios. Quando 3 ou mais linhas B são visualizadas em um mesmo espaço intercostal, isso é indicativo de patologia, chamadas de rastro de foguete ou cauda de cometa.
A utilização da ultrassonografia para o diagnóstico e quantificação dos derrames pleurais é sugerido há muito tempo. A grande vantagem dessa técnica é de poder demonstrar pequenas quantidades de fluido inclusive até 3 ML os quais são indetectáveis pela radiografia convencional que só consegue diagnosticar efusões acima de 50 ML. Além dessa vantagem podemos diferenciar com facilidade o líquido do espessamento pleural que serve para definir o melhor local para toracocentese.
Mesmo que ainda tenhamos divergência na nomenclatura, a ultrassonografia pulmonar se coloca como método rápido e fácil à beira do leito, além da possibilidade de integração do exame pulmonar à ecocardiografia, multiplicando suas aplicações e melhorando sua sensibilidade e especificidade. Mãos a obra! Pegue o probe linear ou curvilíneo com pelo menos 5 Mhz e já comece identificando as imagens mais simples e o deslizamento pulmonar! Procure por cursos de aprimoramento voltados a colocar a técnica como extensão do seu exame clínico e torne-se um profissional ainda mais completo e resolutivo.
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