Ouvir "Prevenção de anemia pré-operatória"
Sinopse do Episódio
Bom dia, boa tarde, boa noite! Essa é mais um podcast do Medicina do Conhecimento. Ciência e informação a qualquer momento, em todo lugar. Eu sou Pablo Gusman, o Anestesiador. E como compartilhar é multiplicar segue um tema ligado à gestão e otimização do uso do sangue no paciente cirúrgico.
A transfusão de componentes do sangue pode salvar vidas, mas como toda terapêutica, também acarreta riscos e custos. Portanto, transfusão deve ser usado criteriosamente. A OMS definiu o patient blood management como programa com foco no paciente, baseado em evidências e abordagem sistemática para otimizar o gerenciamento de transfusão de hemoderivados para melhoria da qualidade e eficácia de cuidados para o paciente. O foco é o uso seguro e racional de sangue e produtos sanguíneos minimizando a exposição desnecessária a esses produtos.
O primeiro tópico aborda a importância da detecção da anemia pré-operatória o mais precoce possível antes das cirurgias eletivas de grande porte. A grande maioria dos pacientes apresenta anemia por deficiência de ferro.
Um estudo descobriu que a administração de ferro parenteral mesmo no pós-operatório foi segura e eficaz para reduzir a utilização de concentrado de hemáceas em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril. Esses resultados foram confirmados por 3 estudos randomizados em pacientes portadores de neoplasias colorretais e anemia por deficiência de ferro que foram agendados para cirurgia oncológica abdominal e receberam suplementação de ferro oral, intravenoso ou placebo. No geral, 19,6% dos pacientes receberam menos transfusões nos grupos de suplementação de ferro em comparação com o grupo de controle.
Por outro lado, o painel formado para análise do PBM não recomendou o uso pré-operatório exclusivo de agentes estimulantes de eritropoietina de rotina em adultos com anemia antes de cirurgias eletivas de grande porte, mesmo nos grupos de artroplastia de quadril e joelho e cirurgia cardíaca. Não houve evidências de efeito superior pelo uso de eritropoietina no que tange a mortalidade de 45 dias, infarto do miocárdio, isquemia intestinal, lesão renal aguda ou eventos tromboembólicos.
Em uma recomendação condicional, o painel sugere considerarmos o uso de
eritropoietina de curta ação mais a suplementação de ferro apenas no pré-operatório de adultos para cirurgias ortopédicas de grande porte com taxas de hemoglobina pré-operatória em níveis inferiores a 13 g / dL. O questionamento é que o benefício de redução potencial na transfusão de unidades de hemácias transfundidas foi considerado
baixo, enquanto os riscos de fenômenos tromboembólicos foram considerados potenciais. No entanto, o painel também observou que a probabilidade de transfusão de hemácias, a etiologia da anemia e os riscos tromboembólicos devem ser avaliados de forma individual, uma vez que
o benefício relativo é balanceado por uma complicação potencialmente fatal.
O que mais nos interessa é que a pesquisa de anemia pré-operatoria deve fazer parte rotineira do preparo e não devemos medir esforços para evitar que nossos pacientes sejam submetidos a cirurgias eletivas de grande porte nesse estado. E que em 80% das vezes, a anemia é ferropriva, carente de reposição.
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A transfusão de componentes do sangue pode salvar vidas, mas como toda terapêutica, também acarreta riscos e custos. Portanto, transfusão deve ser usado criteriosamente. A OMS definiu o patient blood management como programa com foco no paciente, baseado em evidências e abordagem sistemática para otimizar o gerenciamento de transfusão de hemoderivados para melhoria da qualidade e eficácia de cuidados para o paciente. O foco é o uso seguro e racional de sangue e produtos sanguíneos minimizando a exposição desnecessária a esses produtos.
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Um estudo descobriu que a administração de ferro parenteral mesmo no pós-operatório foi segura e eficaz para reduzir a utilização de concentrado de hemáceas em pacientes submetidos a artroplastia total de quadril. Esses resultados foram confirmados por 3 estudos randomizados em pacientes portadores de neoplasias colorretais e anemia por deficiência de ferro que foram agendados para cirurgia oncológica abdominal e receberam suplementação de ferro oral, intravenoso ou placebo. No geral, 19,6% dos pacientes receberam menos transfusões nos grupos de suplementação de ferro em comparação com o grupo de controle.
Por outro lado, o painel formado para análise do PBM não recomendou o uso pré-operatório exclusivo de agentes estimulantes de eritropoietina de rotina em adultos com anemia antes de cirurgias eletivas de grande porte, mesmo nos grupos de artroplastia de quadril e joelho e cirurgia cardíaca. Não houve evidências de efeito superior pelo uso de eritropoietina no que tange a mortalidade de 45 dias, infarto do miocárdio, isquemia intestinal, lesão renal aguda ou eventos tromboembólicos.
Em uma recomendação condicional, o painel sugere considerarmos o uso de
eritropoietina de curta ação mais a suplementação de ferro apenas no pré-operatório de adultos para cirurgias ortopédicas de grande porte com taxas de hemoglobina pré-operatória em níveis inferiores a 13 g / dL. O questionamento é que o benefício de redução potencial na transfusão de unidades de hemácias transfundidas foi considerado
baixo, enquanto os riscos de fenômenos tromboembólicos foram considerados potenciais. No entanto, o painel também observou que a probabilidade de transfusão de hemácias, a etiologia da anemia e os riscos tromboembólicos devem ser avaliados de forma individual, uma vez que
o benefício relativo é balanceado por uma complicação potencialmente fatal.
O que mais nos interessa é que a pesquisa de anemia pré-operatoria deve fazer parte rotineira do preparo e não devemos medir esforços para evitar que nossos pacientes sejam submetidos a cirurgias eletivas de grande porte nesse estado. E que em 80% das vezes, a anemia é ferropriva, carente de reposição.
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