A pesquisa em Psicologia implica uma atitude científica, ética e política. Um laboratório de pesquisa que pretende contribuir para a construção do conhecimento sobre fenômenos psicológicos necessariamente apresenta-se nessa atitude integrada, quer queira quer não. O quadro Ferramenteiras é um espaço para debatermos os princípios éticos, científicos (metodológicos/epistemológicos) e políticos que orientam o laboratório de pesquisa em Psicologia, mais especificamente do Laboratório de Psicologia Socioambiental e Práticas Educativas, o LAPSAPE. Vamos conhecer e debater os princípios que orientam nossas práticas de pesquisa, ensino e extensão.
No relato de uma pesquisa, o termo método é usado para indicar os caminhos e instrumentos utilizados para construção do material de investigação. Segundo Lev Vigotski (1996), o método de uma pesquisa, assim como os conceitos/teorias que a embasam, dialoga com a realidade estudada desde a construção da pergunta de pesquisa. Nessa perspectiva, os instrumentos utilizados são majoritariamente analisados e construídos conforme demanda o objeto de estudo e seu movimento na realidade. Quem faz pesquisa (re)constrói instrumentos, em um fazer de ferramenteiro. Neste episódio, vamos debater esse princípio metodológico em investigações sobre processos psicológicos, em uma tentativa de explicar o termo “pesquisador ferramenteiro”, que inspirou o título deste quadro.
Convidada: Ana Paula Soares da Silva (coordenadora do LAPSAPE-FFCLRP-USP e livre docente no curso de Psicologia FFCLRP-USP).
Entrevistadoras: Juliana Bezzon da Silva (doutoranda em Psicologia FFCLRP-USP) & Natalliê Maçanário Neis (graduanda em Psicologia FFCLRP-USP).

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