Neste segundo episódio de 2022, partimos da história de Henrietta Lacks - quem, sem saber, revolucionou a ciência. Em 1951, durante um tratamento de câncer no hospital Johns Hopkins, suas células foram coletadas para biópsia e, sem o seu consentimento, passadas para um pesquisador chamado George Gey que, ao estudá-las, verificou um infinito potencial - literalmente - de uso em favor da pesquisa científica. Décadas depois, a família de Henrietta Lacks, que havia morrido naquele mesmo ano, soube do uso de suas células, que não havia sido consentido. Hoje, por sua vez, sua família se encontra em uma disputa jurídica com a Thermo Fisher Scientific em busca de, dentre outros, reparação em função do lucro obtido com as células de sua família cujo uso não foi consentido.
Para explicar os avanços obtidos na ciência e ponderar sobre as células HeLa - nome da linhagem celular vinda de Henrietta - chamamos a virologista Clarissa Damaso, tia da podcaster Cecília e doutora em ciências pela UFRJ.
Ouça o nosso episódio para conhecer mais sobre o caso e refletir com a gente as dificuldades de avaliar jurídica e eticamente condutas hoje inadmissíveis no passado, considerando também barreiras legais e constitucionais - aliadas à necessidade que o façamos.
Dúvidas, críticas ou sugestões? Basta acessar https://beacons.page/justoagorapodcast para encontrar como falar com a gente e ver em quais outros agregadores também estamos.
Por último, segue o link por nós inicialmente consultado: https://zap.aeiou.pt/henrietta-lacks-familia-processa-empresa-436757. Vale informar que notamos alguns erros e inconsistências no texto ao conversar com a Clarissa, assim, colocamos aqui para fim de haver fontes, mas ressaltamos que nos baseamos mais na nossa conversa com a virologista. Para um texto mais técnico, vale consultar nosso Instagram, onde divulgamos um artigo da Nature sobre o tema.

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