Episode 266: Little "Ways" to Get Ahead

04/12/2025 50 min

Ouvir "Episode 266: Little "Ways" to Get Ahead"

Sinopse do Episódio

To book your conversation with Eli this very week, go to ⁠⁠https://portuguesewitheli.com/get-your-roadmap/⁠⁠To support this podcast, consider leaving a review or making a donation (only if you can, and if you feel this podcast’s helped you 😊 ): ⁠https://buymeacoffee.com/elisousa/⁠ If you’d like to know more about the Continuing Education Program, sign up for the waitlist: ⁠https://sendfox.com/lp/1w4lxj⁠And here is the monologue for your benefit:Estou com algo atravessado na garganta faz um tempo. Depois de ouvir o que tenho a dizer, talvez você pense que eu sou uma trambiqueira. Mas preciso desabafar.Começou quando eu ia ao posto de saúde. Andei um tempo adoentada e precisava de consultas. Mas, como todo mundo está careca de saber, agendar consulta pelo SUS, me perdoe a língua, é contar com o ovo no cu da galinha. Mesmo indo cedinho, não conseguia agendar nada. E quando conseguia, a consulta era para dali a seis meses. Aí uma amiga minha disse que conhecia um atalho. Eu fui no embalo dela e descobri que era só molhar a mão da recepcionista. Ela encaixava a gente até no mesmo dia.Decidi pagar para ver... literalmente. Dei uns trocados para a recepcionista e não é que funcionou?Não é que eu seja uma pessoa inescrupulosa. Mas, depois dessa, passei a me questionar se não havia um atalho para tudo.Só para você ter uma ideia. Comecei a vender umas coisinhas para juntar um dinheirinho. Eu fazia só o feijão com arroz. Se as clientes tivessem interesse, compravam comigo. O problema é que elas nunca tinham interesse. Até que fui desabafar com aquela minha amiga. Ela me disse que sabia de um jeitinho. E não era trambique não. Era só dizer que os produtos supostamente faziam um pouquinho mais do que realmente faziam. A palavra-chave era “supostamente”. Era um escudo para tudo.Resolvi tentar. Se funcionasse, que mal tinha? Afinal, eram produtos razoáveis. Sabia que elas os usariam. Eu não estava vendendo gato por lebre nem passando ninguém para trás. Era um trabalho justo e digno como qualquer outro.E foi como um milagre. De repente, a clientela começou a levar tudo o que eu tinha. E o melhor é que não tinha nenhuma tratante. Pegavam o produto, pagavam e até me indicavam para outras pessoas.Mas trabalhar com vendas cansa. Daí resolvi mudar de carreira. Passei a estudar para concurso público. Eu tinha um primo que trabalhava numa repartição e ele vivia muito bem. Contei dos meus planos para a minha amiga. Ela me disse que tinha um macete. Um macete? Sim, ela conhecia alguém que conhecia alguém que podia me adiantar o gabarito. Fiquei com uma pulga atrás da orelha. Como era possível ter o gabarito se a prova nem tinha saído? Aí tinha coisa. Até pensei em dar uma chance. Já tinha funcionado no passado. Mas não queria me meter nesse engodo. Dei uma de santa e disse que não queria ajuda, porque estava fazendo aquela prova mais para testar os meus conhecimentos.No final, me safei de uma grande. A minha amiga não valia o que o gato enterra. Aparentemente, ela descontentou alguém e a outra pessoa jogou a bosta toda no ventilador. Um monte de gente foi em cana. Depois dessa, prometi que ia seguir as regras, mas fiquei pensando na minha amiga por um tempão.