Ouvir "Episode 186: School Supplies List"
Sinopse do Episódio
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And here is the monologue for your benefit:
Meu filho entrou para o ensino fundamental esse ano e já me deu uma baita dor de cabeça. Não, não meu filho – ele já passou da idade de me acordar no meio da noite. É a lista de material escolar exigido pela escola que está me tirando o sono.
Então resolvi dar uma ligadinhapara a diretora para tirar satisfação. Eu que não ia ficar com um descalabro desses e não dizer um ai a respeito!
Assim que ela atendeu, falei sem rodeios:
“Estou ligando para indagarsobre a lista de material escolar desse ano.”
E ela só fez “hum”.
“Primeiro, concordo que tenham incluído mochila, porque senão meu filho não pode levar nada. E também com a pasta para colocar as folhas de sulfite. E entendo que a caixa de lápis-de-cor, a de giz-de-cera, canetinhas e os estojos sejam para as aulas de artes.”
Nesse momento, fiz uma pausa. Do outro lado da linha, a diretora só respirava.
“Agora”, eu continuei, “por que uma criança de sete anos vai querer um marcador de texto?”
“Na nossa escola, nós incentivamos que os alunos leiam e resumam o que leem. Só assim para eles melhorarem suas habilidades de interpretação.”
“Certo,” respondi. Fazia sentido. Mas não me dei por vencido: só desligaria quando estivesse plenamente satisfeito.
“E a cola?”
“Para as aulas de artes, claro” — ela respondeu. “Assim como as cartolinas.”
“Mas, diretora, são vinte folhas! É mais do que necessário, não?”
“Não. A gente pede muita folha porque as crianças ou estragam a maioria ou dão um fim nelase a gente precisa repor. Aliás, essa é a mesma razão por que pedimos cinco apontadores, oito réguas e duas resmasde papel A4.”
Minha nossa. Essa me pegou de surpresa. Ela estava chamando as crianças de descuidadas?
“Claro que não, senhor. Mas o senhor tem de perceber que crianças perdem coisas.”
Minha nossa, ela tinha uma resposta para tudo na ponta da língua! Mesmo pensando que aquele era um argumento infundado e não querendo aturar, acabei me conformando. Meu filho vivia perdendo coisas.
“Tá bom” agora me preparava para minha pergunta derradeira. Era agora ou nunca. “E como é que a senhora explica esses dois quilos de arroz, dois de feijão, cinco ovos, carne e farinha de mandioca?”
E a diretora do outro lado da linha deu um risinho de desentendida. “Como é que é, senhor?”
Quando eu ia repetir, percebi que era a lista de compras que minha esposa tinha anotado na folha. Desliguei na hora. Ufa! Ainda bem que não tinha me identificado.
And here is the monologue for your benefit:
Meu filho entrou para o ensino fundamental esse ano e já me deu uma baita dor de cabeça. Não, não meu filho – ele já passou da idade de me acordar no meio da noite. É a lista de material escolar exigido pela escola que está me tirando o sono.
Então resolvi dar uma ligadinhapara a diretora para tirar satisfação. Eu que não ia ficar com um descalabro desses e não dizer um ai a respeito!
Assim que ela atendeu, falei sem rodeios:
“Estou ligando para indagarsobre a lista de material escolar desse ano.”
E ela só fez “hum”.
“Primeiro, concordo que tenham incluído mochila, porque senão meu filho não pode levar nada. E também com a pasta para colocar as folhas de sulfite. E entendo que a caixa de lápis-de-cor, a de giz-de-cera, canetinhas e os estojos sejam para as aulas de artes.”
Nesse momento, fiz uma pausa. Do outro lado da linha, a diretora só respirava.
“Agora”, eu continuei, “por que uma criança de sete anos vai querer um marcador de texto?”
“Na nossa escola, nós incentivamos que os alunos leiam e resumam o que leem. Só assim para eles melhorarem suas habilidades de interpretação.”
“Certo,” respondi. Fazia sentido. Mas não me dei por vencido: só desligaria quando estivesse plenamente satisfeito.
“E a cola?”
“Para as aulas de artes, claro” — ela respondeu. “Assim como as cartolinas.”
“Mas, diretora, são vinte folhas! É mais do que necessário, não?”
“Não. A gente pede muita folha porque as crianças ou estragam a maioria ou dão um fim nelase a gente precisa repor. Aliás, essa é a mesma razão por que pedimos cinco apontadores, oito réguas e duas resmasde papel A4.”
Minha nossa. Essa me pegou de surpresa. Ela estava chamando as crianças de descuidadas?
“Claro que não, senhor. Mas o senhor tem de perceber que crianças perdem coisas.”
Minha nossa, ela tinha uma resposta para tudo na ponta da língua! Mesmo pensando que aquele era um argumento infundado e não querendo aturar, acabei me conformando. Meu filho vivia perdendo coisas.
“Tá bom” agora me preparava para minha pergunta derradeira. Era agora ou nunca. “E como é que a senhora explica esses dois quilos de arroz, dois de feijão, cinco ovos, carne e farinha de mandioca?”
E a diretora do outro lado da linha deu um risinho de desentendida. “Como é que é, senhor?”
Quando eu ia repetir, percebi que era a lista de compras que minha esposa tinha anotado na folha. Desliguei na hora. Ufa! Ainda bem que não tinha me identificado.
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