A segunda carta de Paulo aos coríntios possui um tom bastante duro e ríspido. Críticas infundadas e desrespeitosas à sua pessoa e ao seu ministério parecem ser o motivo da reação de Paulo!

Mas a carta acaba sendo uma autobiografia de Paulo. Diante da necessidade de se defender, ele acaba falando muito de si mesmo e suas experiências – tanto boas, quanto ruins!

Os primeiros 6 versículos do cap. 12 descrevem o que Paulo chama de “visões e revelações do Senhor”. Foram experiências pessoais com Deus onde Paulo viu e ouviu coisas que ele mesmo não soube confirmar se foi no corpo ou fora do corpo, tamanha a estranheza da experiência.

A finalidade de Paulo não foi destacar suas experiências e se engrandecer, mas sim, demonstrar que, algumas situações ele estava passando por causa do potencial de fazer o seu coração se exaltar dessas grandes experiências com Deus... É uma compreensão sóbria da vida.

É a conta simples do “estou passando isso pra evitar aquilo”!

Chama a atenção o fato de Paulo afirmar que foi posto nele um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para o “atormentar”.

Assim como espinho não é pra ser entendido como literal, a carne também não! É um jeito de dizer, é uma expressão composta = “espinho na carne”, pra fazer referência à algo que incomoda, machuca, fere, causa estranheza!

A vida não é apenas feita por coisas que eu quero passar, mas também por coisas que eu preciso passar para atingir aquilo que Deus deseja de mim!

Mais importante do que identificar o significado do espinho na carne (porque Paulo podia ter deixado claro) é entender o propósito dele.

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