O ano de 2022 começa com o Judiciário sob holofotes. O Supremo Tribunal Federal tem agora, nas palavras do Presidente Bolsonaro, um integrante terrivelmente evangélico. O ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, André Mendonça, indicado pelo presidente em meio a muitas resistências, tomou posse no fim do ano passado. No STF, ele se junta a outro ministro nomeado por Bolsonaro, Kassio Nunes, que votou de acordo com os interesses do Governo na maioria dos julgamentos importantes em que participou. No Tribunal Superior Eleitoral, também tem mudança. Quem vai presidir o TSE e conduzir as eleições de 2022 é o ministro Alexandre de Moraes, um desafeto do Presidente. Moraes substitui o ministro Luís Roberto Barroso, que acaba de admitir em um artigo que o “motivo real” do impeachment de Dilma Roussef  foi “perda de sustentação política”. O STF que lavou as mãos diante do Golpe de 2016 é o mesmo que reconheceu a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro nos processos contra Lula. Alvo de críticas, à Direita e à Esquerda, o Judiciário vem tendo um papel decisivo no jogo político.
Participam do programa:
João Paulo Allain - Professor na Faculdade de Direito do Recife da UFPE e na UNICAP. 
Manoel Moraes - Advogado, cientista político e professor no Curso de Direito da UNICAP.

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