A alma em santo abandono

30/07/2019 3 min Temporada 1
A alma em santo abandono

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Sinopse do Episódio

Por São Pedro Julião Eymard.A alma, no santo abandono, semelhante a uma criancinha nas mãos de Deus, entrega-Lhe o espírito para que Ele seja a sua luz, e como Lhe aprouver: clara ou velada, de fé ou de manifestação. Somente quer saber o que Deus quer que ela saiba; é a ceguinha de Deus, que lhe abre ou fecha os olhos como quer. E, se a alma pudesse fazer escolhas, haveria de preferir ser pobre e humilde de espírito.A alma, no santo abandono, dá o coração a Deus, com toda a simplicidade, para O amar em tudo e somente a Ele, em todas as coisas e em qualquer estado. Sentir-se-á feliz se Ele quiser abrasá-la no seu amor, e receberá com reconhecimento uma graça de consolação, se Ele a quiser conceder-lhe. Mas se Nosso Senhor lhe fizer beber alguma gota de seu cálice de fel ou partilhar de seus desamparos, de seus abandonos, de suas desolações, de sua tristeza, a alma, em santo abandono, beberá com amor este cálice, participará da agonia de Jesus, e ser-Lhe-á fiel na provação.A alma que vive em santo abandono entrega inteiramente a Deus a própria vontade, para que Ele a governe e a conduza como quiser.Doravante, apenas há de considerar como bem, alegria, felicidade, virtude, zelo, perfeição, o que trouxer o selo divino da vontade de Deus.O que deseja Deus? Qual a sua vontade? O que Lhe agrada mais? Eis, em síntese, a lei, a escolha, toda a vida da alma em santo abandono.E ela se entrega ao serviço de Deus sem outro ponto de vista, sem outro amor que não seja o que Deus lhe determina a cada hora, e como Ele quiser.No santo abandono, a alma serve a Deus segundo os meios de que dispõe no momento. Não se apega ao seu estado, nem aos meios, nem às graças, mas repousa unicamente na santa Vontade de Deus!Nosso Senhor é e deve ser para vós o sol de cada dia; todas as manhãs ele se levanta em vossa vida, mas não da mesma maneira. É imprescindível que ameis sempre este divino sol de justiça e de amor, seja que ele vos apareça radioso, seja que se mostre em meio aos ardores do verão, ou sob os gelos do inverno; é sempre o mesmo sol.