Médica Angelita Gama: “Medicina não era profissão para mulher”

06/04/2022 7 min
Médica Angelita Gama: “Medicina não era profissão para mulher”

Ouvir "Médica Angelita Gama: “Medicina não era profissão para mulher”"

Sinopse do Episódio

Ao entrar na lista de cientistas mais influentes do planeta, Angelita Habr-Gama comemora a honraria que, sob sua ótica, pode incentivar novas gerações a investir na Ciência. No entanto, lembra que na década de 60, quando decidiu se especializar em cirurgia, “a medicina não era profissão para mulher, especialmente nessa área”. Angelita é professora emérita da Universidade de São Paulo (USP) e foi reconhecida pela Universidade de Stanford (EUA) como uma das médicas que mais contribuíram para o desenvolvimento da Ciência no mundo. A pesquisadora foi a primeira mulher residente de cirurgia do Hospital das Clínicas e a primeira a chefiar os departamentos de Cirurgia e Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP. Aos 89 anos, ela ainda atua no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.  Em entrevista à Rádio Eldorado, Angelita relembra o início da carreira. “Foi uma luta. Quando escolhi a especialidade de cirurgia, criou-se uma certa dificuldade porque a cirurgia sempre foi reconhecida como própria para exercício masculino, as mulheres foram conquistando seu lugar”, explicou. Angelita afirmou que, no entanto, sempre foi incentivada por colegas e professores a seguir seu objetivo. “Todo começo é penoso, mas a gente tem que mostrar que tem o mesmo grau de competência e de resistência para o progresso”, justifica.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Mais episódios do podcast Entrevistas Jornal Eldorado