EP#29: Smart Cities

25/10/2023 58 min Temporada 4 Episodio 27

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Sinopse do Episódio

Nas últimas décadas, testemunhamos uma revolução na maneira como as cidades são planejadas, construídas e operadas. A urbanização acelerada e a busca por uma qualidade de vida melhor impulsionaram governos e empresas a adotarem novas tecnologias e abordagens inovadoras. No entanto, à medida que as nossas cidades se tornam mais inteligentes, surgem questões cruciais: Como equilibramos a demanda por infraestrutura pública com o papel crescente do setor privado? Como garantimos que os dados coletados para melhorar a cidade também sejam protegidos contra ameaças cibernéticas?

Existe um termo para descrever esse fenômeno: Cidades inteligentes, também conhecidas como "smart cities". Elas representam um paradigma transformador na forma como as áreas urbanas são planejadas, gerenciadas e experimentadas. Elas se baseiam na convergência de tecnologia, inovação e urbanismo para otimizar a qualidade de vida dos cidadãos, melhorar a eficiência dos serviços urbanos e abordar os desafios crescentes da urbanização. No centro desse debate sobre cidades inteligentes estão questões cruciais relacionadas à infraestrutura pública e privada, Internet das Coisas (IoT), proteção de dados e hacking.

O desenvolvimento de cidades inteligentes envolve uma colaboração estreita entre o setor público e o setor privado. Enquanto as autoridades municipais são responsáveis pela infraestrutura pública, como estradas, saneamento e serviços essenciais, o setor privado contribui com tecnologia, soluções inovadoras e financiamento. A integração dessas duas esferas é crucial para o sucesso das cidades inteligentes. No entanto, isso também levanta questões sobre a propriedade, manutenção e operação de infraestruturas compartilhadas, exigindo parcerias sólidas e estruturas contratuais claras.

Por outro lado, a IoT é um dos pilares fundamentais das cidades inteligentes. Ela envolve a interconexão de dispositivos e sensores em toda a cidade para coletar dados em tempo real, permitindo uma tomada de decisão mais informada. Essa tecnologia é usada em uma variedade de aplicações, desde o monitoramento do tráfego e a gestão de resíduos até o controle de iluminação pública. No entanto, a coleta, o armazenamento e o uso desses dados levantam preocupações significativas sobre a privacidade dos cidadãos e a segurança cibernética.

No Brasil o tema também é quente. Surgiram muitas startups focadas em soluções para Cidades Inteligentes nos últimos anos. Na Câmara dos Deputados já tramita o Projeto de Lei 976/2021 que deverá instituir a Política Nacional de Cidades Inteligentes (PNCI). Também se apontam o desenvolvimento de iniciativas de Cidades Inteligentes pelo país, conforme o ranking Connected Smart Cities de 2021, composto de 100 cidades, São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR) são, respectivamente, as cidades mais inteligentes brasileiras. Inclusive, o caso de Curitiba é emblemático. A cidade é destaque por sua aptidão em tecnologia, indústria, wi-fi públicos pela cidade, aplicativos que oferecem serviços online, planejamento urbano, atração de turistas e geração de renda. De especial destaque o projeto Vale do Pinhão, que tem como propósito fortalecer e potencializar a inovação por meio do empreendedorismo, economia criativa e tecnologia.

Há especialistas que argumentam que as cidades inteligentes são vulneráveis a ameaças cibernéticas. Hackers mal-intencionados podem explorar falhas de segurança em sistemas IoT, causando interrupções na infraestrutura urbana, roubando dados confidenciais e comprometendo a segurança pública. Portanto, a segurança cibernética é um elemento vital na criação de cidades inteligentes robustas e resilientes. Medidas de proteção, como criptografia de dados, monitoramento constante e planos de resposta a incidentes, são essenciais para minimizar esses riscos. Neste episódio, vamos explorar essas questões e muito mais.