É incrível como a gente é apegado às receitas de bolo, às descrições de quem “esteve lá” e não à experiência de fazer e de construir a própria jornada. Um mapa, quando olhamos para ele, quando você pega, por exemplo, o Google Maps, e navega em outra cidade, a gente começa a ver as ruas, pessoas, rios como abstrações em uma tela, como riscos em um plano bi ou tridimensional.Até mesmo se você estiver utilizando um projetor holográfico, ainda assim será uma imagem baseada em luz e não em refração de pigmentos. Se abrir uma foto do Oceano Pacífico na tela do seu notebook, se não estiver ouvindo esse podcast de frente para o Pacífico, você está recebendo um fóton emitido por uma tela e não um fóton que está sendo refletido na água neste exato momento. Em algum lugar do Pacífico, o Sol está batendo na água e está refletindo fótons para todos os lados. E esses fótons você nunca vai enxergar porque mapa não é território. Território é lugar de você está, é lugar de experiência.

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