Trechos do livro: “Master of Self-Realization", de Siddharameshwar Maharaj.  
Sri Siddharameshwar Maharaj (1888 - 1936) foi guru de Nisargadatta Maharaj, Ranjit Maharaj e outros grandes professores. 
Atma Vidya ("Autoconhecimento") é o tema central dos seus ensinamentos. Assim ele descreve como o ensino do Vedanta é transmitido a um aluno: Tudo começa com o encontro com um guru, que fala sobre os ensinamentos. Depois disso, um mantra está sendo usado pelo aluno para meditar e tornar a mente mais receptiva. Em seguida, o guru explica melhor o ensino, que deve ser realizado experimentalmente pelo aluno. O aluno deve afastar sua mente dos objetos externos e do corpo grosseiro e "voltar-se para dentro". Ao perceber que os objetos têm apenas uma aparência temporária, torna-se possível desenvolver o desapego, e assim, limpar a atitude mental do orgulho. E este é o passo essencial para desenvolver o autoconhecimento: A total renúncia do impermanente e a completa aceitação do permanente.   
“É necessário examinar em detalhes todos os aspectos.  Ao longo de muitos nascimentos, a mente e o intelecto têm o hábito de apenas olhar para fora. Portanto, "voltar para dentro" tornou-se uma tarefa muito difícil. É uma "engenharia reversa", que os santos seguem quando se voltam na direção oposta, e olham a mente, desistindo completamente de ver tudo o que é externo.  Onde um homem comum está dormindo, os santos estão acordados, e onde um homem comum está acordado, os santos já foram embora. Os Santos deram-nos vários métodos de sair desta situação, deram meios de salvação para a humanidade. Basicamente, enquanto você não souber quem você é, você nunca estará livre da inquietação”.
Siddharameshwar Maharaj. 
“O sentido de "eu" é sempre incompleto, limitado e distorcido para baixo.
Enquanto estiver voltado nessa direção, ele continua em expansão, mas quando se vira para cima e se aventura a agarrar o imensurável, ele é dissolvido. “Você” não é nada.
Então, por que tenta forçosamente ser alguém? Como uma cobra sentada numa pilha de moedas de ouro, assim é o "eu" sentado na verdade.
Só quando a cobra é assassinada você está seguro para pegar o dinheiro.
Da mesma forma, quando você mata o "eu", a realidade suprema está aí. Em todas as criaturas, a consciência do "Eu Sou" é constante.
É a música eterna da existência, sem falar uma palavra, é o "Eu Sou" ininterrupto.
Não há um fazedor ou desfrutador. Existe apenas o "Autoconhecimento".
Não tem sensação de ser qualquer "coisa", ou qualquer forma. Não há nenhum nome, devoto, divindade ou qualquer atividade.
Há somente aquele "Poder", que transcende todos os estados”.
Siddharameshwar Maharaj.   
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