Ouvir "‘Quero minhas flores em vida’, diz Tássia Reis sobre falta de reconhecimento a artistas pretas"
Sinopse do Episódio
“Não quero daqui a 40 anos [ouvir] alguém falar: ‘Nossa, como a Tassia era genial no que ela estava fazendo’, e eu passar uma vida sem receber de volta tudo o que eu estou investindo na arte, tudo o que eu estou entregando para o mundo”, diz a cantora Tássia Reis. De álbum novo na praça, ela se sente numa fase “madura” da carreira e confiante para reivindicar um local de respeito na trajetória da música brasileira.
Do Topo da Minha Cabeça segue a trajetória da artista de desfilar por diferentes gêneros, como rap, jazz, R&B, mas agora com um elemento que a própria cantora considera inédito, o samba.
“O que aconteceu é que demorei para entender o samba como música, porque eu pensava nele como comunidade, eu pensava nele como uma vivência que eu tinha ali, com os meus amigos, com a galera que estava ali se ajudando”, diz.
Na última faixa do trabalho, Ofício de Cantante, a cantora reverencia mulheres negras sambistas autoras de grandes clássicos imortalizados em rodas do Brasil, no entanto, não devidamente reconhecidas, alerta Tássia Reis.
“Existem tantas formas da gente sofrer racismo na sociedade, e uma delas é o apagamento, o apagamento histórico de pessoas que contribuíram, de pessoas que estão contribuindo com a arte, com a construção de Brasil, com a política”, comenta em entrevista ao programa Bem Viver desta terça-feira (17). “Apagar também é sobre matar alguém. O apagamento é subjetivo, mas ele também pode ser objetivo”, destaca.
“Quantas artistas negras brasileiras só foram reconhecidas depois de mais velhas? É uma realidade que eu não quero pra mim, sabe? Eu quero minhas flores agora, quero em vida, eu quero aproveitar o que eu tô oferecendo pro mundo, eu quero de volta”, conta a artista fazendo referência ao clássico de Nelson Cavaquinho, Quando Eu Me Chamar Saudade.
Na entrevista, Tássia Reis fala sobre os elementos e referências presentes no novo trabalho e na satisfação de pôr seu bloco na praça.
Ficha técnica:
17-09-24 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:02
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Daniel Lamir
Edição e Produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Divulgação
Do Topo da Minha Cabeça segue a trajetória da artista de desfilar por diferentes gêneros, como rap, jazz, R&B, mas agora com um elemento que a própria cantora considera inédito, o samba.
“O que aconteceu é que demorei para entender o samba como música, porque eu pensava nele como comunidade, eu pensava nele como uma vivência que eu tinha ali, com os meus amigos, com a galera que estava ali se ajudando”, diz.
Na última faixa do trabalho, Ofício de Cantante, a cantora reverencia mulheres negras sambistas autoras de grandes clássicos imortalizados em rodas do Brasil, no entanto, não devidamente reconhecidas, alerta Tássia Reis.
“Existem tantas formas da gente sofrer racismo na sociedade, e uma delas é o apagamento, o apagamento histórico de pessoas que contribuíram, de pessoas que estão contribuindo com a arte, com a construção de Brasil, com a política”, comenta em entrevista ao programa Bem Viver desta terça-feira (17). “Apagar também é sobre matar alguém. O apagamento é subjetivo, mas ele também pode ser objetivo”, destaca.
“Quantas artistas negras brasileiras só foram reconhecidas depois de mais velhas? É uma realidade que eu não quero pra mim, sabe? Eu quero minhas flores agora, quero em vida, eu quero aproveitar o que eu tô oferecendo pro mundo, eu quero de volta”, conta a artista fazendo referência ao clássico de Nelson Cavaquinho, Quando Eu Me Chamar Saudade.
Na entrevista, Tássia Reis fala sobre os elementos e referências presentes no novo trabalho e na satisfação de pôr seu bloco na praça.
Ficha técnica:
17-09-24 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:02
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Daniel Lamir
Edição e Produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Divulgação
Mais episódios do podcast Conversa Bem Viver
Agroecologia, candomblé e as mentiras da COP
03/10/2025
Vai ter comida revolucionária na COP30
02/10/2025
Naruna Costa e o teatro da ponte pra cá
01/10/2025
GOG contra inteligência artificializada
29/09/2025
Uma macaxeira agroecológica salva uma vida
26/09/2025
Uma mulher que venceu a Ditadura
25/09/2025
Mariana Cearamenes
24/09/2025
A morte e a morte de Neruda
23/09/2025
Eu sou bi?
22/09/2025