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Ouvir "Ep. 4 - Paranóia anticomunista com Frank Sinatra"
Sinopse do Episódio
Neste episódio, juntamente com a presença ilustre de Gui Pimenta, tentamos abordar como parte significativa dos americanos buscou articular suas ansiedades, vindas de uma sociedade aceleradamente complexa, em torno de um elemento: o anticomunismo.
Uma das consequências mais interessantes do conflito coreano de 1950-1953 foi a preocupação de muitos americanos com lavagem cerebral. Cerca de 21 prisioneiros de guerra americanos renunciaram voluntariamente a sua cidadania para permanecer na China comunista e o Exército emitiu um extenso relatório sobre o tratamento de prisioneiros americanos chamado "POW: A luta continua após a batalha" em 1955, dois anos após o fim do armistício a Guerra da Coréia. O relatório instigou uma obsessão popular por lavagem cerebral ao confirmar que milhares de prisioneiros de guerra sobreviventes foram submetidos a uma doutrinação intensiva de comunistas chineses por meio de um método hipnótico. Qualquer simpatia comunista era considerada patológica e as descrições do comunismo se baseavam fortemente na retórica da doença, neste sentido, qualquer apelo bem-sucedido ao comunismo era impensável.
O excepcionalismo americano e sua concepção do indivíduo, se viu confrontada com novas circunstâncias de um mundo cada vez mais complexo. Não é de se admirar que começou-se a questionar os limites da integridade da mente humana, e cada vez mais a entreter conceitos como ‘lavagem cerebral’, que expressam graficamente a perda de confiança na capacidade dos indivíduos de dominar o seu mundo. Quando as coisas dão errado, é muito menos desanimador dizer que sofremos uma ‘lavagem cerebral’ do que reconhecer nossa própria inadequação em lidar com seus problemas.
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Uma das consequências mais interessantes do conflito coreano de 1950-1953 foi a preocupação de muitos americanos com lavagem cerebral. Cerca de 21 prisioneiros de guerra americanos renunciaram voluntariamente a sua cidadania para permanecer na China comunista e o Exército emitiu um extenso relatório sobre o tratamento de prisioneiros americanos chamado "POW: A luta continua após a batalha" em 1955, dois anos após o fim do armistício a Guerra da Coréia. O relatório instigou uma obsessão popular por lavagem cerebral ao confirmar que milhares de prisioneiros de guerra sobreviventes foram submetidos a uma doutrinação intensiva de comunistas chineses por meio de um método hipnótico. Qualquer simpatia comunista era considerada patológica e as descrições do comunismo se baseavam fortemente na retórica da doença, neste sentido, qualquer apelo bem-sucedido ao comunismo era impensável.
O excepcionalismo americano e sua concepção do indivíduo, se viu confrontada com novas circunstâncias de um mundo cada vez mais complexo. Não é de se admirar que começou-se a questionar os limites da integridade da mente humana, e cada vez mais a entreter conceitos como ‘lavagem cerebral’, que expressam graficamente a perda de confiança na capacidade dos indivíduos de dominar o seu mundo. Quando as coisas dão errado, é muito menos desanimador dizer que sofremos uma ‘lavagem cerebral’ do que reconhecer nossa própria inadequação em lidar com seus problemas.
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