O processo de Recovery (restabelecimento) surge como uma abordagem no campo de saúde mental que busca novas possibilidades de tratamento para pessoas com sofrimento mental, empoderando essas pessoas e garantindo a elas uma convivência em sociedade baseada na cidadania. No Brasil, as pesquisas e teorias sobre Recovery começam a ser aperfeiçoadas por meio de experiências de países como Estados Unidos e Itália. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) tem investido no intercâmbio de conhecimento sobre o tema para estimular o avanço da reforma psiquiátrica. No final de maio, o CFP promoveu um evento sobre Recovery em São Paulo, reunindo usuários e pesquisadores brasileiros, norte-americanos e italianos para dois dias de troca de experiências.
No Brasil, as ações propostas pelo processo de Recovery podem ser comparadas as realizadas, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), criados na década de 90, como uma das alternativas aos manicômios, buscando uma forma de ressocializar essas pessoas.
Graziela Reis, psicóloga, especialista em Planejamento, Gestão e Estratégia em Saúde Pública e organizadora do evento promovido pelo CFP em São Paulo, explica que é impossível falar de Recovery sem ouvir os usuários.

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